Pediatra do Hospital e Maternidade Mogi Mater, referência no atendimento neonatal da região do Alto Tietê, Dra. Gabriela Victal faz alerta de cuidados necessários e amamentação, um período muito difícil para as mamães, ao contrário do que mostram os comerciais de televisão
Você sabe o que é o teste da linguinha? A pediatra do Hospital e Maternidade Mogi Mater, Dra. Gabriela Victal, esclarece qual a importância do teste e como o procedimento, simples e gratuito, detecta precocemente problemas que podem afetar a amamentação no bebê.
Desde 2014, é obrigatória a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebê. O teste da linguinha é um exame que serve para diagnosticar e indicar o tratamento precoce de problemas no freio da língua de recém-nascidos, que podem prejudicar ou comprometer o ato de engolir, mastigar e falar, sendo o caso da anquiloglossia, também conhecida como língua presa.
O teste da linguinha é realizado nos primeiros dias de vida do bebê, geralmente ainda na maternidade. Esse teste é simples e não causa dor. Entre os apontamentos, a pediatra ainda faz um alerta sobre o momento da amamentação, um período muito aguardado e lindo, mas também, difícil para muitas mamães. Segundo a médica, a mídia só mostra a mãe linda e sorrindo enquanto amamenta, imagem que não condiz com a realidade da maioria das mães que encontram muitas vezes dificuldade em amamentar. “O leite materno é perfeito para o bebê, nutricionalmente outros são ótimos, mas o leite da mãe já vem pronto, na temperatura ideal, com todos os componentes que o bebê precisa”, ela destaca e indica que embora seja importante, é necessário o cuidado com a glamourização da amamentação. “A gente tem um grupo de apoio de amamentação no Mogi Mater, para que todas as mamães saiam orientadas e para evitar o estresse e desgaste emocional delas, ao notarem que, na verdade, o período é difícil”, completa.
“A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que a amamentação vá até os 6 meses, até o começo da introdução alimentar e segue com a recomendação até os 2 anos, mas se depois disso a criança e a mãe desejarem seguir, faz bem”, explica a Dra. Gabriela Victal. Acompanhe a entrevista completa.