Segundo o empreendedor e gestor em Políticas Públicas, os servidores têm razão ao entrar eu greve, já que são poucas as escolas da rede pública estadual que estão em condições de manter com estrutura as normas de sanitização nas escolas e dentro das salas de aula
Após a obrigatoriedade da volta às aulas presenciais, servidores da rede estadual de ensino da região do Alto Tietê fazem paralisação por aumento de piso salarial e pagamento de abono.
De acordo com o Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação de São Paulo (Afuse), pelo menos 25 de 68 escolas de Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes e Salesópolis estão totalmente paralisadas, enquanto outras 20 aderiram parcialmente e 23 funcionam normalmente. O empreendedor e gestor em Políticas Públicas, Pablo Monteiro, fez uma análise do cenário educacional nesse momento da pandemia.
Para o empreendedor, quando o governador do Estado de São Paulo João Doria (PSDB) concedeu uma coletiva, na semana passada, determinado a obrigatoriedade da volta às aulas, o Governo estava pensando no melhor para os estudantes, pois nesses quase dois anos sem aulas presenciais a evasão escolar aumentou demais. “Nas escolas públicas estaduais e no ensino médio, os adolescentes do primeiro, segundo e terceiro anos que abandonaram a escola não encontraram nenhum apoio para passar por esse momento de pandemia. Não contaram com um subsídio do Estado para que pudessem continuar os estudos de maneira online”, avaliou.
Segundo Pablo Monteiro, também que é importante ressaltar que muitos servidores das escolas da rede pública estadual e municipal já são servidores com problemas de saúde, e que podem ter alguma doença preexistente com maiores riscos de serem expostos à pandemia e a Covid-19, a se contaminarem e a perderem suas vidas. “Todo mundo sabe que as escolas públicas, em especial as estaduais, são muito lotadas. Uma sala tem às vezes quarenta e poucos alunos, então como promover um distanciamento que é obrigatório de um metro, se não me engano, de uma carteira para a outra sendo que você tem que atender todos os alunos agora?”, questinou.
O Governo do Estado falhou em muitos âmbitos, mas o gestor em Políticas Públicas disse que sente que do ‘lado de cá’, como um mantenedor de colégios privados, que o Estado sofreu uma grande pressão, principalmente das escolas privadas que tem uma estrutura melhor, mas que queria voltar com a rede estadual. “É claro que as condições de ambas são diferentes, mas é importante falar que quando a gente que está acompanhando bem de perto esse assunto, acabou virando claro que o grande assunto do momento é por causa dessa fase em que estamos. Faltam praticamente dois meses para acabar o ano letivo, muitas pessoas estão se perguntando porquê as aulas voltaram a ser obrigatórias logo agora e porquê voltar às aulas sem todos os adolescentes estarem com a segunda dose da vacina”, disse.
O empreendedor também analisou as manifestações e greves do Sindicato Funcionários Servidores Educação (Afuse). Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.