O especialista em Fisioterapia Intensiva Neonatal e Pediátrica do Hospital e Maternidade Mogi-Mater, Vinicius Matos de Oliveira explicou as causas, complicações e como prevenir a doença
SAÚDE: Você já ouviu falar em bronquiolite? Chegando a 150 mil casos por ano no Brasil, a doença é caracterizada por uma inflamação que atinge crianças pequenas e bebês. A bronquiolite é causada, na grande maioria das vezes, por vírus e a condição pode se apresentar inicialmente como um resfriado comum. O especialista em Fisioterapia Intensiva Neonatal e Pediátrica do Hospital e Maternidade Mogi-Mater, Vinicius Matos de Oliveira, esclareceu como é feito o diagnóstico e quando os pais devem se preocupar com os sintomas que atingem os pequenos.
O fisioterapeuta explicou que a bronquiolite é uma infecção nos bronquíolos, nas ramificações dos brônquios que levam oxigênio aos pulmões. A bronquiolite é causada por diversos vírus, mas em geral sua causa é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que ataca principalmente crianças até os 2 anos de idade. Essa invasão propicia um excesso de muco nos tubinhos por onde o ar passa, comprometendo a captação de oxigênio. “É nessa hora que entra a Fisioterapia, pode também acontecer em adultos, mas passa como um sintoma gripal leve. Para a criança devido ao calibre mais fino e ser muito mais sensível acaba apresentando sintomas mais graves”, afirmou.
Entre os sintomas, o bebê fica com dificuldade para respirar, com chiado no peito, respiração ofegante, nariz congestionado, tosse e tórax inflado. As crianças e bebê são as vítimas mais afetadas porque seu sistema imune ainda não está maduro para combater direito o agente viral. O VSR é altamente contagioso, ele é transmitido pelo ar, por toque e mesmo por objetos contaminados.
Segundo o fisioterapeuta, os bebês prematuros, que possuem menos de seis semanas de vida ou que tenham doenças crônicas pulmonares ou cardíacas devem ter cuidado especial. Aqueles com deficiências imunológicas também. Essa infecção, aliás, é uma das principais causas de internação entre crianças que ainda mamam. Se a bronquiolite não for tratada pode provocar desidratação, insuficiência respiratória e evoluir para pneumonias, quando outras áreas dos pulmões são afetadas por micro-organismos. “A melhor coisa é evitar situações que expõem o bebê a grandes aglomerações, em especial nas primeiras seis semanas de vida. Limpar bem os locais da casa e as mãos”, destacou.
O especialista em Fisioterapia Intensiva Neonatal e Pediátrica explicou as diferenças entre bronquite e bronquiolite e respondeu diversas perguntas dos ouvintes e internautas. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.