sexta-feira, maio 17

Vivi Prawita conta como concilia os negócios e a maternidade

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Mãe de dois meninos, ela nasceu em uma família indonesiana com cinco irmãs e destacou a participação das mulheres na Herman Ferragens

Mães Empreendedoras: Sócia da Herman Ferragens, a engenheira civil Vivi Prawita comentou, em entrevista ao Radar Noticioso, as dificuldades de conciliar os negócios com a maternidade. Mãe de dois meninos, ela nasceu em uma família indonesiana com cinco irmãs e destacou a participação das mulheres na loja, que tem 26 anos de história e é referência no setor em Mogi das Cruzes.

Dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) apontam que o número de mulheres engenheiras registradas aumentou 42% em 2019 no Brasil. Segundo o Confea, em 2017, as mulheres ocupavam apenas 13,6% dos postos de trabalho em todos os setores da construção civil. A engenharia civil ainda é uma profissão em que os homens estão mais presentes do que as mulheres, mas a cada dia, mais mulheres têm se interessado pela área. Durante a entrevista, Vivi Prawita comentou como as mulheres atuam no mundo da manutenção e da construção civil e também sobre as vendas da Herman Ferragens durante a pandemia. “Cerca de 90% dos nossos clientes são homens. Vendemos ferragens, ferramentas, materiais elétricos e hidráulicos e temos 30 mil itens na loja. As pessoas ficaram sozinhas e, na pandemia, muita gente foi lá para comprar coisas para arrumar a casa. A construção civil reduziu, mas as pequenas manutenções sustentaram a gente”, ressaltou.

Ela também comentou sobre a maneira como as mulheres são vistas na família. Apesar de muitas pessoas falarem ao seu pai que o fato de todas as filhas serem mulheres poderia ser até má sorte para uma família de origem oriental, Vivi Prawita e suas irmãs sempre lutaram para serem independentes e não precisarem de nenhum homem para as sustentar. “Meu pai chegava em nossa comunidade e falavam para ele: ‘Nossa, Herman, coitado de você, só tem mulher. Como elas vão levar o nome da sua família?’ E meu pai falava: ‘Qual a dificuldade de elas levarem o nome da minha família?’. Meu pai e minha mãe nunca falaram para nós fazermos corte e costura e cozinhar para casar com homem rico. Sempre falaram para a gente estudar, ter nossas coisas e encontrar homem trabalhador, de caráter bom e digno. Foi assim que a gente seguiu. Nenhuma de nós depende de marido, somos líderes no que a gente faz”, enfatizou.

Ela também destacou a rotina de trabalho com a maternidade, falando da dificuldade de conciliar ambos. “Criar os filhos não é fácil, você tem que se desdobrar, virar três, quatro, cinco. Tive que contar com a ajuda de colaboradoras, da minha mãe, da minha amiga, das escolinhas que cuidavam como se fossem filhos deles mesmos. Eu saía de casa de manhã e só via a cara deles no final da tarde porque eu trabalhava e trabalho o dia inteiro”, destacou.

Quer saber mais sobre a história da Vivi Prawita? Acompanhe a entrevista completa.

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