Dra. Ana Carmem de Souza, diretora do Fórum e juíza da 1ª Vara da Família e Sucessões de Mogi das Cruzes, destacou que em 2023 foram registradas 1.089 solicitações de medidas de proteção
Neste mês de março, em celebração ao Mês da Mulher, o Radar Noticioso traz histórias inspiradoras de mulheres que deixam sua marca e impacto positivo na vida das pessoas, revelando suas jornadas de vida. Hoje, no Dia Internacional da Mulher, recebemos Ana Carmem de Souza, diretora do Fórum e juíza da 1ª Vara da Família e Sucessões de Mogi das Cruzes. Seu trabalho é reconhecido como um ato de empatia, reforçando a presença feminina no judiciário e provando que as mulheres podem fazer a diferença em todos os setores da sociedade. Um dos destaques da entrevista foi o número alarmante de casos de feminicídio registrados no Brasil, que chegam a dez mil em nove anos.
A juíza destacou a importância de dar voz às mulheres e lamentou que muitas vezes suas declarações não sejam ouvidas da mesma forma que as dos homens. “Percebo que muitas vezes nossa fala não é tão ouvida quanto a masculina. (…) Parece que a fala masculina é mais importante, mas eu vejo que o mundo está mudando, especialmente entre meus colegas mais jovens na magistratura”, revelou.
Ela também abordou as dificuldades de lidar diariamente com a Vara da Família e Sucessões, que envolve casos de feminicídio e violência doméstica. A Dra. Ana Carmem explicou uma recente alteração no código civil que estabelece que em casos de violência doméstica, a guarda do filho do casal não pode ser compartilhada. Além disso, alertou para o alarmante número de pedidos de medidas protetivas em Mogi das Cruzes, com uma média de 3 solicitações por dia.
No ano passado, de acordo com dados fornecidos pela juíza, foram registradas 1.089 solicitações de medidas protetivas, além de 1.166 inquéritos policiais em tramitação no anexo atualmente. Em 2023, os juízes de plantão do anexo receberam 364 denúncias.
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