sábado, maio 11

Surto de ‘mão-pé-boca’: doença atinge crianças e sintomas assustam os pais

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Diversas cidades de São Paulo relataram casos da doença ‘mão-pé-boca’ que causa febre, falta de apetite e manchas nas crianças

Doença ‘mão-pé-boca’ tem surto em diversas cidades do Estado de São Paulo. A enfermidade contagiosa é derivada de um vírus que habita o sistema digestivo e também pode provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. A médica pediatra que atua no Pró-Criança de Mogi das Cruzes, Dra. Paula Russo, destacou os alertas que os pais precisam ter com as crianças.

Segundo ela, no quadro viral a febre é um sintoma comum. Nessa situação, consequências como dor no corpo, indisposição, mal-estar, são comuns, o mesmo que acontece com os adultos. “Então passou a febre e o estado geral é bom, a criança voltou a brincar e a comer, a gente (médicos) desconsidera esse período febril e medica, abaixa a temperatura com banhos e compressas e depois observa o estado clínico por pelo menos 24h. Se a criança persistir indisposta, sem se alimentar, sem brincar, a gente orienta as mães a levarem até o pronto-socorro”, orientou.

Outros cuidados que a pediatra ressaltou a importância da higienização e hidratação das mãos e pés, e uso de antibiótico (sob orientação médica), para combater outro sinal da doença: a afta, uma pequena úlcera não profunda que pode surgir em diversos pontos da boca, língua e bochechas. Se não forem tratadas, essas lesões podem acabar contaminadas, contribuindo para a formação de infecções secundárias. Nos casos dessas pequenas feridas que podem ser bem dolorosas e incomodar a criança na hora de ingerir alimentos, uma dica da Dra. Paula Russo é dar sorvete para os pequenos pacientes. “Sorvete é bom, é calórico, acaba hidratando e acaba fazendo com que a criança quase não forme quadro de polissemia”, explicou.

A infecção é causada, em geral, pelo vírus Coxsackie. A doença benigna pode causar episódios de prostração, com ou sem irritabilidade, mal-estar, náusea, vômitos, diarreia. As feridas e pequenas lesões causadas pelo vírus podem doer, coçar e, por isso, as crianças são passíveis de apresentar dificuldade para engolir, além de uma salivação excessiva. “O período de ação do vírus, varia entre 7 e 10 dias, como qualquer vírus e transmite da primeira semana até a terceira semana. Mesmo tendo melhora do quadro, ela continua transmitindo”, frisou. Acompanhe a entrevista completa com o balanço da pediatra sobre prevenção e cuidados com as crianças.

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