Segundo o secretário de Saúde de Ferraz de Vasconcelos, Dr. Clécio Gonçalves, a população precisa fazer a prevenção das doenças com foco nos atendimentos nas redes básicas de Saúde
SAÚDE: Ferraz de Vasconcelos tem os últimos dias de campanha para testagem rápida da Covid-19. As equipes atendem no Centro de Convenções somente até a quinta-feira (30/06), recomendado à pacientes entre o 3° e 7° dia com sintomas gripais. Dados da Prefeitura ferrazense indicam que o município apresenta um déficit de aproximadamente 40 mil pessoas sem completar o ciclo vacinal. Para trazer os destaques, acompanhe a entrevista com o secretário de Saúde da Prefeitura de Ferraz, Dr. Clécio Gonçalves, que fez um balanço das ações na cidade. Pela 1° vez no Radar Noticioso, ele também comentou sobre as expectativas para o segundo semestre de 2022.
O secretário contou sobre a sua atuação na equipe médica do Hospital Regional “Osíris Florindo Coelho” de Ferraz de Vasconcelos. “Quando estava no início da Covid tivemos um problema que não conseguíamos contratar profissionais capacitados para trabalhar no hospital. A gente começou a fazer um treinamento daquelas pessoas recém formadas para que elas pudessem aprender e assim começar a tratar os pacientes. Isso acabou ganhando destaque na região, a gente conseguiu manter um índice de mortalidade baixo no Regional e se for comparar com outras regiões, era um dos mais baixos do Estado de São Paulo. Pacientes com Covid-19 grave que receberam um tratamento adequado, morreram menos. Aquele que foi entubado na hora certa, recebeu tratamento na hora certa, ele morreu menos porque conseguiu ser extubado mais rápido. Diferente de outros lugares que não tinha esse preparo”, afirmou.
Segundo o secretário, a população precisa prevenir a doença antes que ela ocorra. “Temos problemas na saúde no geral, até mesmo em hospitais particulares porque a forma que a saúde é ofertada para a população ainda não é a forma correta. Por exemplo, em Ferraz estamos reestruturando a rede básica de saúde. Temos que pautar a saúde voltada para a atenção primária, ou seja, a prevenção. É fortalecer as Unidades Básicas de Saúde, Programa de Estratégia da Saúde da Família. Você tem que prevenir a doença antes que ela ocorra, o hospital serve quando a doença já aconteceu. Um paciente hipertenso precisa procurar a Unidade Básica de Saúde, tem que tratar porque se ele não tratar amanhã ou depois pode ter um AVC, um infarto agudo do miocárdio e não vai ser na Unidade Básica de Saúde que a gente vai tratar. Vai ser no hospital. O problema é que o Brasil todo não investe em atenção primária, o que eu invisto hoje na atenção primária eu não vou colher frutos hoje. Vou colher daqui a 10, 20, 30 anos. A prefeita Priscila Gambale me deu carta-branca neste sentindo e me disse que ‘queria que o município andasse de forma correta’, ela chegou para mim no primeiro dia e disse: ‘Dr. eu quero que você faça o necessário para que a gente daqui a 10 anos olhe para trás e fale: Eu fiz um bom trabalho. Mesmo a gente não estando mais aqui’ e foi isso que me animou e por isso que eu aceitei o cargo de secretário”, destacou.
O especialista comentou sobre as outras unidades de saúde da cidade e respondeu os diversos questionamentos dos ouvintes e internautas. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.
