Presidente do Conselho Fiscal da Santa Casa de Mogi, Flávio Ferreira Mattos, fez balanço das conquistas e desafios para repactuar a Saúde da cidade
A Santa Casa de Mogi das Cruzes inaugurou o Pronto Atendimento 24h para consultas particulares e conveniados. Com a nova estrutura em funcionamento desde o dia 5 de outubro, o presidente do Conselho Fiscal da Santa Casa, Flávio Ferreira Mattos, destacou quais as novidades e mudanças que marcam a inauguração da nova portaria. Referência em Ortopedia, Maternidade de Alto Risco, Oftalmologia e Neurologia, com 149 anos de existência a Santa Casa de Misericórdia de Mogi é uma instituição do setor privado e responde como pessoa jurídica sem fins lucrativos.
No Radar Noticioso, o membro da mesa diretiva esclareceu que o hospital pretende ajudar a desafogar a demanda do município. “As Santas Casas trabalham para tender aquela população mais necessitada”. A nova portaria atende em anexo ao Pronto Socorro na Rua Barão de Jaceguai, 1148, Centro de Mogi.
Em meio às conquistas, ele fez um balanço dos desafios durante a atual gestão (2021 – 2022), período de pandemia, com a falta de recursos e a alta dos insumos. “A tabela do SUS não é atualizada desde 2009”, enfatizou.
Flávio Ferreira Mattos destacou que atualmente a Santa Casa de Mogi tem uma operação deficitária mensal. “Onde vamos buscar esse dinheiro para suprimir as dívidas? No Hiper Cap e com os particulares. Ainda assim a gente tem um déficit de R$ 750 mil. Graças a Deus que a gente tem deputados na região que ajudam com repasses”, ressaltou.
Para exemplificar, ele citou o valor para colocar em funcionamento a nova Maternidade Municipal de Mogi, uma estrutura pronta para realizar 450 partos por mês, com o custo de R$ 4 milhões. O novo equipamento da cidade está pronto mas o prefeito Caio Cunha (PODE) avaliou durante entrevista ao Radar Noticioso que está analisando com a sua equipe como e quando devem instalar o novo serviço na cidade. “Esse valor está correto. Agora imagina a gente que tem três operações, o Pronto Socorro custeado pela Prefeitura de Mogi, o atendimento dos pacientes pela Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) e as eletivas”, comentou.
Sobre o antigo temor de fechamento das portas do PS devido às incertezas sobre os valores repassados pela Administração mogiana, o gestor explicou: “sentamos com o prefeito 0e ele prontamente entendeu que o valor repassado não era o suficiente. Estancamos esse problema”.
O presidente do Conselho Fiscal da Santa Casa ressaltou que para resolver o problema da Saúde de Mogi vai ser preciso cobrar a reabertura do PS do Hospital Luzia de Pinho Melo. Porém, para Flávio Ferreira Mattos, a solução está em cobrar mais leitos de enfermaria e UTI para o Alto Tietê. Com novas vagas geradas e custeadas pelo Governo do Estado, as Filantrópicas teriam mais ‘fôlego’ para os cuidados.
Em Mogi, segundo ele, o Hospital Doutor Arnaldo Pezzutti Cavalcanti tem condições de absorver os pacientes que lotam a unidade da Santa Casa. E para finalizar afirmou que, todo mundo vai ter que levantar as mangas e correr atrás. “Precisamos refazer todos os projetos que foram pensados para dez anos atrás”. Acompanhe a entrevista especial.