Segundo o consultor em Gestão Pública, a combinação de vários fatores culminou nessa tragédia que inclui a falta de Políticas Públicas, ausência de investimentos preventivos e da falta de ações dos Governos diante dos alertas feitos pelos órgãos responsáveis.
ATUALIDADES: Chuvas em Petrópolis deixam ao menos 176 mortos. A tragédia na cidade serrana do Rio de Janeiro se repete devido à falta de solução de problemas antigos. Especialistas afirmam que novas mortes poderiam ser evitadas, principalmente após a catástrofe ocorrida há 11 anos na Região, que na época deixou mais de 900 mortos. Em menor escala, o início de 2022 registrou diversos temporais pelo Brasil e o Alto Tietê teve um aumento de 78% dos níveis das represas em 1 semana. Acompanhe o destaque com a participação do Consultor em Gestão Pública e colaborador da Rádio Metropolitana, Romildo Campello, que fez uma análise da atuação do Poder Público em Petrópolis.
Romildo Campello ressaltou que tem várias perguntas que ficaram após essa tragédia que abalou Petrópolis. “Essa catástrofe tem a ver com as mudanças climáticas ou não? O que poderia ter sido feito, o que a Prefeitura, o Governo do Estado e o Governo Federal poderiam ter feito para que essa tragédia ou não acontecesse, ou tivesse um impacto muito menor?”, questionou.
Segundo o consultor em Gestão Pública, a questão climática pode ser analisada porque já tiveram tragédias conhecidas no local. “A mudança climática pode influenciar na frequência de chuvas com maior intensidade do que antes, com o aquecimento você tem uma quantidade maior de água na atmosfera. O problema de Petrópolis é que faltaram Políticas Públicas. Primeiro faltou Política Pública de fiscalização para evitar a ocupação de áreas tão perigosas que não dá para morar. E aí falta o que a gente tem sentido muito também que é a falta de Política Habitacional”, afirmou.
Para ele isso só pode ser explicado pela combinação de vários fatores: falta de Políticas Públicas que garantam moradia segura para os cidadãos, da ausência de investimento preventivo e da falta de ação do governo diante dos alertas feitos pelos órgãos responsáveis.
O consultor em Gestão Pública destacou que na nossa região o que preocupam são as ocupações de áreas de mananciais. “O que preocupa aqui é a área de manancial próxima aos rios e ao Rio Tietê em particular que são áreas que inundam naturalmente. Tem muita construção na várzea do Rio Tietê e há bastante necessidade constante de manutenção. A gente tá vivendo isso bastante no bairro do Mogilar porque falta limpeza do Rio Tietê, fazendo esse desassoreamento que é tirar terra e lixo de dentro do rio para que ele possa escoar melhor e rapidamente. Também há essa necessidade de fiscalização porque não pode deixar ocupar áreas de mananciais. Ao morar ali as pessoas correm risco direta e indiretamente porque acaba gerando problema até para a drenagem do rio”, destacou.
Quer saber mais sobre a análise do consultor? Acompanhe a entrevista completa.