O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo mandou um recado para o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha fazendo uma crítica de que ele não estaria cumprindo o que combinou com o seu amigo e apoiador Rodrigo Valverde (PT).
POLÍTICA: Acompanhe a entrevista especial com o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo, Luiz Marinho, que faz uma análise do cenário político da região do Alto Tietê, do Estado e do Brasil. Ele enfatizou a importância que o pré-candidato a deputado estadual Rodrigo Valverde (PT) teve na vitória do prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (PODE). Inclusive fez questão de mandar um recado afirmando que o prefeito deveria honrar o que combinou com o seu amigo Valverde. “Ele foi muito importante na vitória do prefeito Caio Cunha, mas lembro o prefeito que nem tudo que ele combinou com o Valverde ele está honrando”, criticou. Luiz Marinho disse que a Política é uma via de mão dupla com idas e vindas e que é necessário ver se as idas estão certas e as vindas também. “É aquele negócio de você me apoia, eu te apoio. Por exemplo, eu te apoio e você não escuta sobre as políticas públicas eventuais e tal, é preciso falar de projetos, políticas públicas que beneficiam a cidade, beneficiam a população. Abraço pro Caio, mas você não está honrando tudo que você conversou com o meu amigo Rodrigo Valverde, então se puder reparar porque as parcerias têm datas de acontecer. Isso é uma via de idas e vindas, é preciso registrar isso. Precisa ver se as idas estão certas e as vindas também. O que eu estou falando? De projeto político. Rodrigo Valverde é candidato a deputado, ok? Contrapartida de apoio à candidatura, tá de pé? O Caio sabe do que eu estou falando, ele sabe”, enfatizou.
Aos 62 anos, Luiz Marinho contou um pouco da sua trajetória no Radar Noticioso e afirmou que embora tenha se formado em Direito foi trabalhando como operador de máquinas na Volkswagen na década de 70 que começou a se engajar nas lutas sindicais. Ao se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT), em 1984 foi eleito tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e nas gestões seguintes assumiu os cargos de secretário-geral e vice-presidente. Em 1996 foi eleito presidente do sindicato, cargo para o qual foi reeleito mais duas vezes e atuou até 2003. Luiz Marinho foi ministro do Trabalho e Emprego e ministro da Previdência Social no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de prefeito de São Bernardo do Campo entre 2009 e 2017.
O presidente do PT de São Paulo comentou sobre a Operação Lava Jato e sobre as condenações anuladas do ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Na história do Moro eu acho que ficou claro para a sociedade, graças ao hacker de Araraquara e graças ao The Intercept que conseguiu botar a luz do dia a manobra escandalosa, um crime judicial cometido por Moro. Se tem um criminoso nesse processo aqui ele se chama ex-juiz Sérgio Moro que cometeu um crime, nos Estados Unidos ele estaria preso com certeza. Ele está aí se colocando como candidato, confirmando aquele embate do Lula naquele interrogatório de ‘acho que não terminamos aqui doutor, nós vamos nos falar muito ainda’. Ele estava prevendo que ele estaria nessa condição em algum momento, agora está aí como pré-candidato”, ressaltou.
Segundo Luiz Marinho, a prisão dos tesoureiros do PT aconteceram para que Lula não pudesse se reeleger e para que o Impeachment da presidente Dilma Rousseff fosse feito sem problemas. “A Dilma foi cassada sem nenhuma acusação de nenhum crime, cassar a Dilma e deixar o Lula concorrer à eleição não faria sentido, então tinha que condenar e tinha que prender para tirar do processo eleitoral para evitar que o PT fosse para a quinta vitória. Então esse é um processo que nasceu lá atrás no mensalão, a ideia de tentar um impeachment para evitar a reeleição elimina todas as lideranças possíveis de sucedê-lo. Teve gente dizendo ‘a Dilma é um poste, nunca disputou nem para vereadora e não se elege’ e o Lula fez ela ser a sua sucessora”, comentou. “Na reeleição da Dilma e com a não aceitação por parte do Aécio do resultado eleitoral, o pacto que ele fez com o Eduardo Cunha, presidente da Câmara, e o processo de não permitir que ela trabalhasse. A Dilma não conseguiu governar, sofreu impeachment para dar o Temer. Por corrupção Temer não teria terminado o mandato e Bolsonaro já teria sido cassado há muito tempo. O pessoal comprovadamente corrupto da Petrobrás tem nome, CPF, endereço e tipo sanguíneo. O pessoal que estava na Petrobras há 30 anos, Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa, Cerveró. Tudo quadro de carreira da Petrobras que poderia estar roubando há muito tempo. E só chegou nesse processo de apuração pelos órgãos de controle que o Lula e a Dilma fortaleceu”, frisou. O presidente do PT de São Paulo afirmou que o Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi um golpe, “a Dilma sofreu um golpe, disso eu tenho certeza”.
Luiz Marinho também rebateu críticas ao PT, fez uma análise sobre os atuais pré-candidatos à presidência da República e ao Governo do Estado em 2022. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.