Vereadores escreveram um Projeto de Decreto Legislativo que visa a criação da Frente Parlamentar Cristã em Defesa da Família
Polêmica na Câmara de Mogi das Cruzes: acompanhe a entrevista especial com o filósofo, escritor, pastor na Igreja da Garagem, gestor da ONG Coletivo Inadequados, o pastor Barlofa, que vai explicar o seu posicionamento contrário ao Projeto de Decreto Legislativo que prevê a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Família. Os vereadores pastor Osvaldo Silva (PRB) e Policial Maurino (PODE) querem aprovar um Projeto de Decreto Legislativo que visa a criação da Frente Parlamentar Cristã em Defesa da Família.
“Vendo assim pelo nome pensamos que é um negócio bacana, mas se for parar para pensar um pouco podemos entender que isso é um absurdo e que não pode acontecer”, criticou o pastor Berlofa. “Deveria ser um crime só de um vereador pensar em escrever um negócio desses”.
Segundo o pastor Berlofa, estamos em um Estado laico, diverso, plural e o Estado não pode se envolver com a religião. “Historicamente quando o estado se envolve com a religião a coisa fica feia”, comentou.
De acordo com o pastor Berlofa, querer tratar todas as famílias a partir de uma ótica cristã em um Estado onde existem varias religiões é um absurdo. “Peço que leiam o PDL 11 e assinem o abaixo assinado contra essa votação”, ressaltou.
O pastor Berlofa também explicou como funciona a Igrega da Garagem que comanda em Jundiapeba. “Nossa igreja está muito mais parecida com uma ONG do que uma instituição religiosa. (…) As igrejas têm que estar na periferia levando alimento para quem não tem o que comer, levando direito para quem está sendo usurpado de seus direitos. Nós não estamos lá pensando em questões morais e ficar fiscalizando o pecado alheio, nós estamos lá pensando em ser um marco de justiça social”, comentou. “Não sigo os padrões dogmáticos da religião, eu sigo Cristo. O que Jesus falou. E eu não me lembro de Jesus falando de tatuagem, de roupa, de piercing. Eu lembro de Jesus falando de amar ao próximo, de ajudar quem precisa”.
Acompanhe a entrevista completa.