Silencioso e por vezes difícil de ser detectado, o câncer ginecológico acomete muitas mulheres. Por isso é importante se prevenir, mas também saber identificá-lo para possibilitar maior eficiência no diagnóstico e no tratamento.
O câncer ginecológico é o terceiro grupo de tumores malignos mais frequente na população feminina brasileira, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar dos riscos aumentarem com a idade, esses tipos de câncer também podem se desenvolver em mulheres jovens. Julho Verde alerta para os cuidados com a saúde da mulher e conscientiza população sobre o câncer ginecológico. Prestar atenção aos sinais do corpo e consultar o ginecologista regularmente contribui com o diagnóstico precoce e ajuda a reduzir complicações. Quem destaca o assunto é o diretor clínico do Hospital e Maternidade Mogi Mater, Dr. Alex Sander José Miguel.
Com a pandemia algumas mulheres deixaram de se cuidar, de irem ao médico e fazerem exames. “A gente sabe que quando se fala de câncer o principal intuito é a prevenção primária ou se houver o acometimento fazer um diagnóstico mais precoce”, comentou. Segundo o médico, as doenças continuam e nós temos que voltar a nossa vida normal, principalmente agora que a curva de contaminação da Covid-19 de casos graves tem diminuído e isso é reflexo da vacinação.
Importante que as mulheres conheçam o câncer porque existem tipos diferentes e tem que se pensar em trato genital inferior: colo de útero, endometrio, ovário e mama.
O Dr. Alex Sander José Miguel afirmou que existem vários métodos de prevenção, a consulta periódica com o ginecologista, realização anual dos exames de papanicolau e ultrassom transvaginal são as mais indicadas, já que mantém o rastreamento regular de possíveis alterações.
Já em relação ao tratamento adequado depende do estadiamento da doença, que é o processo para determinar a localização e a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa. As modalidades disponíveis são: cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou a combinação de duas, ou mais modalidades.
Além disso, como em grande parte dos casos o desenvolvimento desse tipo de tumor está relacionado com o HPV, o recomendado é a vacinação preventiva. A rotina muitas vezes impede a paciente de perceber algumas alterações no próprio corpo e algumas doenças podem surgir sem que a mulher perceba. Por isso, o médico reforça a importância da realização do check-up ginecológico pelo menos uma vez ao ano. “Mesmo que você não tenha sintomas, vá ao seu ginecologista todo ano e faça o papanicolau, mamografia e a ultrassom transvaginal”, alertou.
Quer saber melhor sobre os tipos de câncer ginecológico, quais as diferenças entre eles e como evitá-los? Acompanhe a entrevista completa.