Segundo o engenheiro civil e coordenador dos Comitês de Empresas e de Comunicação e Marketing do CREA-SP, este colapso pode ter sido ocasionado por erros estruturais, e não falta de planejamento base
Um prédio de 133 apartamentos em Praia Grande está interditado pela Defesa Civil desde terça-feira (13/02) após um colapso estrutural em três colunas. A estrutura de um edifício é a responsável por suportar o peso da própria construção e de todos os objetos e pessoas no interior. Para destacar como funciona a estruturação dos prédios e explicar o que pode ter ocorrido no edifício de Praia Grande, o Radar Noticioso recebeu Joni Matos, engenheiro civil e coordenador dos Comitês de Empresas e de Comunicação e Marketing do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP).
Segundo Joni Matos, ainda será apurado o que ocasionou o abalo no prédio de Praia Grande. “O que eu imagino é que eles irão se debruçar sobre os projetos para verificar se houve algum erro de concepção estrutural, que é quando você projeta uma estrutura subdimensionada, ou seja, com uma dimensão abaixo do necessitado, pesando no aço e na resistência do concreto”, explicou.
Ele também explicou o ‘fenômeno’ dos edifícios tortos de Santos, também no litoral paulista, e disse que o que ocasionou isso foi a falta de planejamento e estudos, pois assumiu-se que todo o solo seria uniforme, com 12 metros de areia, mas esta areia não suportou a carga dos edifícios, ocasionando no recalque dos prédios. “Ali é uma questão de erro no projeto de fundação”, destacou.
Em termos de engenharia, ele explicou o que é a sondagem, uma geotécnica usada pelos profissionais da área. Para o engenheiro e conselheiro do CREA-SP, diferentemente dos prédios de Santos, o ocorrido em Praia Grande teria sido causado por um problema estrutural, que é quando você possui uma carga muito elevada e os pilares não suportam este peso.
Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.