A advogada e empreendedora avaliou a atitude do João Doria que pretende desistir de se candidatar à Presidência da República em 2022
ESPECIAL: Encerrando o Mês da Mulher com chave de ouro, o Radar Noticioso recebeu hoje a advogada e empreendedora, Jeruza Reis. Mãe de quatro filhos e diretora da Mary Kay, ela faz um balanço sobre a importância das políticas públicas para incentivar a autonomia da mulher e comentou mais sobre este momento em que o Senado aprova projeto de lei com benefícios para mães solo. Em 2020, mais de 8,5 milhões de mulheres tiveram que sair do mercado de trabalho. São mais de 11 milhões de mães solo no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ela comentou que as pessoas sempre a cutucam para falar mal de mulheres, mas ela não faz isso. “As pessoas sempre cutucam para que a gente fale mal. Eu não falo mal de nenhuma mulher que está no poder porque elas nos representam. Posso até não concordar com alguma coisa, mas não falo mal”, afirmou.
A empreendedora comentou sobre a sua trajetória quando atuava como vereadora de Poá e explicou o porque não há tantas mulheres atuantes no Brasil. “Eu tive um capital político e depois fui candidata à deputada estadual com mais de 13 mil votos e talvez por isso, por esse capital político eu fui chamada aqui pra Mogi. Até porque acho que o cenário político tinha um contorno que não podia ser colocado em questão na época. Foi nessa época que o PL chegou nesse viés então chamou para que houvesse essa composição em Mogi. Fui vereadora de Poá por dois mandatos e meu marido foi vice-prefeito. O protagonismo da mulher ainda é incipiente. Acho que a gente tem avanços e retrocessos. A gente vê muito desrespeito, a seara política ainda é muito hostil para as mulheres. Eu falo que tem que ter muito estômago e bom ânimo para permanecer em uma seara tão hostil. Eu acho que a gente tem exemplos de grandes guerreiras e eu fico muito grata com isso”, destacou.
Jeruza Reis também comentou sobre o governador João Doria (PSDB) que anunciou na manhã de hoje (31/03) que não seria mais pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB. “Quantos deputados não mudaram de partido para fazerem apoio ao Rodrigo Garcia? Quanto foi movimentado em termos de agremiações partidárias para fazer a composição política? Esse desenho se descontinuou e virou uma confusão”, analisou.
Para Jeruza Reis, o PSDB sempre foi um partido com guerras internas. “O PSDB sempre foi um partido de guerras internas, uma guerra de narrativas, guerra de interesses e é muito rachado. A gente está vendo mais uma vez, toda eleição tem esse ‘fogo amigo’. Vai ter reflexos e vai respingar em todo mundo. Todo mundo vai ter uns respingos dessa decisão e curiosamente ontem eu estava ouvido que o Alckmin o que ele acha da ingratidão do Doria. Toda essa narrativa, história e guerra de interesses partidários e políticos”, avaliou.
Jeruza Reis comentou sobre a importância das políticas públicas para incentivar a autonomia da mulher e respondeu as perguntas dos ouvintes e internautas. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.