Professor Dr. Elizeu de Miranda Corrêa comentou sobre a perda dos valores culturais do país com o cancelamento das festividades em fevereiro
CARNAVAL: Embora a data continue no calendário e seja esperada por muitas pessoas que gostam de curtir os blocos de rua, desfiles e festas privadas, as celebrações de Carnaval para 2022 já foram canceladas em boa parte do Brasil. O Carnaval normalmente envolve uma festa com desfile, que combina máscaras e festas de rua. Ele é tradicionalmente comemorado antes do período de Quaresma. Quem destacou o assunto em entrevista especial foi o especialista em Carnaval, o Professor Dr. Elizeu de Miranda Corrêa.
Além de explicar as origens da celebração, ele também comentou sobre a perda dos valores culturais do país com o cancelamento das festividades e se em abril os desfiles vão ser realizados com o mesmo glamour em algumas capitais. “O setor cultural foi o mais afetado em todas as áreas. Agora que está retomando o impacto maior foi que muitos artistas não conseguiram sobreviver. Houve um impacto muito grande e certamente muitos trabalhos terão que se ressignificar. Hoje, o artista tem que ‘rebolar’ para sobreviver”, enfatizou.
O especialista comentou que o setor econômico sofreu muito com a pandemia e que os problemas com as dificuldades da realização do Carnaval afetam pessoas que dependem da festa para sobreviver. “Muita gente sobrevive de Carnaval. As escolas de samba são empresas. As dos Grupos Especiais são empresas que empregam muitas famílias. O Turismo sofre impacto bastante significativo também. Mas pensando na pandemia, o adiamento da data para abril é importante. Primeiro a saúde, depois as festas”, destacou.
A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo definiu que os desfiles do Carnaval 2022 na Capital e que acontecerão no Sambódromo do Anhembi ocorrerão no feriado de Tiradentes no dia 21 de abril. “É uma experiência nova. Está tudo muito estranho. Vai ser inédito, acredito que não vai ter o mesmo clima como tem em fevereiro, mas pensando em outras questões, precisa tocar. Só precisamos ver se não ocorrerão outras questões que forcem uma anulação”, ressaltou.
Quer saber mais sobre o Carnaval e como o adiamento da festividade afetar diversas pessoas? Acompanhe a entrevista completa.
