O médico oncoginecologista do Hospital e Maternidade Mogi-Mater, Dr. Vinicius de Borba Marthental, explicou a importância de exames preventivos e da vacinação contra o HPV
SAÚDE: Instituto Nacional do Câncer (Inca), entidade federal vinculada ao Ministério da Saúde para controle do câncer no País, aponta que o Brasil deve registrar 16.710 novos casos de câncer de colo do útero até o final de 2022. Com o objetivo de conscientizar a população acerca do problema, o mês de março marca um período de atenção especial à saúde da mulher, a campanha Março Lilás. Para trazer o destaque sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino, hoje o Radar Noticioso recebeu o médico oncoginecologista do Hospital e Maternidade Mogi-Mater, Dr. Vinicius de Borba Marthental.
O médico explicou que o câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV) e que o vírus é transmitido na grande maioria das vezes pela atividade sexual. Outros fatores relacionados ao aumento do risco de desenvolvimento desse tumor são: início precoce de atividade sexual, multiplicidade de parceiros, história familiar de tumores, tabagismo, higiene inadequada e imunidade comprometida.
Dr. Vinicius de Borba Marthental destacou que existem mais de 100 variações do HPV, alguns de baixo risco e outros com alto risco como o HPV 16 e o HPV 18 que são responsáveis por mais de 75% dos tumores. “Por isso é tão importante fazer o Papanicolau, pois ele detecta quando há casos de câncer no colo do útero. Essa é uma doença que normalmente começa silenciosa. Os sintomas normalmente começam com uma secreção, infecção urinária recorrente, sangramento pós-relação sexual e em casos mais avançados começa até a doer. O problema é que se essa mulher não descobrir e procurar tratamento ela pode apresentar lesões precursoras”, afirmou.
A vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que na teoria ainda não iniciaram sua vida sexual, está disponível tanto em clínicas privadas como no sistema único de saúde (SUS). Portanto, o exame de Papanicolau e a vacinação se complementam como ações de prevenção.
Segundo o especialista, as lesões são mais comuns em mulheres jovens. “As lesões são mais comuns em mulheres mais jovens e pode levar até 10 anos para virar efetivamente um câncer em estágio avançado. Por isso é tão importante a prevenção e exames”, disse.
Quer saber mais sobre a prevenção do câncer de colo do útero? Acompanhe a entrevista completa.