Segundo o médico ginecologista e mastologista do Hospital e Maternidade Mogi-Mater, um dos incômodos e preocupação das mulheres nesse período é a falta de libido, mas afirma que é possível resgatar a vontade de fazer sexo após entrar na menopausa
SAÚDE: Mudanças no corpo que chegam com a menopausa podem afetar a vida sexual, os relacionamentos afetivos e a autoestima da mulher. Um período inevitável para o ciclo feminino, a diminuição natural da libido sexual com a menopausa tem tratamento e não precisa ser o fim das atividades sexuais. Especialistas ainda indicam que a saúde sexual é um componente crítico da saúde geral e bem-estar geral. Para trazer orientações sobre a qualidade de vida durante a menopausa, o Radar Noticioso recebeu o médico ginecologista e mastologista do Hospital e Maternidade Mogi-Mater, Dr. Claudio Magoga Filho. Ele explicou o que acontece com o corpo durante a menopausa e como contornar os desafios impostos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade é considerada como um aspecto central da vida humana, a qual é vivenciada e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relações. Então, a saúde sexual é diretamente afetada por diversos aspectos da saúde global como saúde psíquica, física e emocional.
“Esse é um assunto extremamente importante, até porque as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço na sociedade e esse tabu precisa ser quebrado porque mesmo com a longevidade aumento, a qualidade de vida também tem que vir junto. Tem muitos assuntos que são esquecidos e essa paciente muitas vezes já na menopausa acaba deixando como se isso parasse de fazer parte da sua vida, aceitando algumas limitações que podem ser melhoradas e que podem fazer com que ela volte a ter a mesma qualidade de vida”, ressaltou.
A menopausa é um estado fisiológico em que a mulher passa para a fase não reprodutiva e consequentemente muitas mulheres vão ter essas manifestações podem ser de vários aspectos não só na questão genital, sexual quanto na questão emocional. Na questão de sintomas vasomotores, aqueles famosos ‘calorões’. Tudo isso acaba impactando no relacionamento familiar, relacionamento de trabalho. E é como eu falei a longevidade vai aumentando cada vez mais as mulheres estão produtivas na sociedade, mas ao mesmo tempo a sociedade pode atrapalhar.
Segundo o médico ginecologista, a libido não está condenada após a entrada na menopausa, a alteração no desejo acontece por causa da produção hormonal, mas a capacidade de sentir prazer ainda está presente. Nessa fase, é comum que as mulheres fiquem abaladas e com a autoestima baixa, mas isso não é motivo para desistir de ter uma vida sexual ativa.
Dr. Claudio Magoga Filho explicou que as mulheres devem frequentar o ginecologista regularmente. “A grande importância de ter um acompanhamento e de ter um ginecologista para chamar de seu é isso, se cuidar. Se sentir a vontade para conversar com o seu ginecologista e que ele tenha abertura de abordar também. Ter essa liberdade para quando essas mudanças começarem a acontecer, elas já sejam identificadas e conduzidas da melhor forma”, afirmou.
Ele também comentou sobre os diversos procedimentos que podem ser feitos para melhorar o desconforto na hora do sexo. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.