A neuropsicóloga doutoranda em Medicina no departamento de Pediatria pela USP, Luciana Garcia de Lima, explicou as consequências do bullying e como combatê-lo unindo as famílias, escolas e toda a comunidade
ALERTA: Um em cada três alunos em todo o mundo já foi vítima de bullying, segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Esse tipo de violência, ainda comum nas escolas, gera consequências arrasadoras no desempenho dos alunos, além de sequelas negativas para a saúde física e mental das crianças. Trazendo o assunto em pauta, o Radar Noticioso recebeu a neuropsicóloga doutoranda em Medicina no departamento de Pediatria pela USP, Luciana Garcia de Lima, que explicou as consequências do bullying e como combatê-lo unindo as famílias, escolas e toda a comunidade.
A especialista explicou como alertar as pessoas em relação aos riscos do bullying. “Acho que muitas coisas que acontecem hoje na sociedade a gente se acostuma e isso que está errado. A gente vê com tanta frequência que a gente passa a achar que aquilo é normal. Não é porque é comum que é normal e o bullying não é normal. Uma criança sofrendo não é normal, um adolescente com medo de ir para escola não é normal, eu acho que esse é o primeiro alerta que precisamos ter”, enfatizou.
A neuropsicóloga alertou para mudanças bruscas no comportamento das crianças e adolescentes. “As nossas crianças e os nossos adolescentes precisam ser felizes, a escola é um lugar de socialização, então eles têm que gostar de ir para a escola. Se eles não estão gostando de ir para a escola sempre tem alguma coisa. O alerta é a mudança de comportamento brusca e a falta de vontade de ir para a escola. Acorda com dor de cabeça, dor de barriga, inventa alguma desculpa para não ter que ir para a escola que normalmente onde acontece o bullying”, destacou.
A especialista comentou que muitas pessoas falam “eu sofri bullying, mas isso não me matou, eu estou aqui”, mas existe uma diferença entre tirar um sarro que é uma brincadeira, que às vezes não é legal e o bullying. Só que o bullying é para humilhar a pessoa, o bullying é algo persistente. O bullying é uma maldade e é persistente na vida da pessoa, todo dia aquela criança escuta algo a respeito dela”, frisou.
De acordo com ela, é necessário unir as famílias, escolas e toda a comunidade para combater o bullying desde o nascimento das crianças.
Quer saber mais sobre as consequências do bullying? Acompanhe a entrevista completa.