sexta-feira, maio 17

4ª Caminhada de Ogum acontece sábado em Mogi

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Além de convidar para o evento, o Pai Roberto de Xangô comentou sobre o preconceito contra a Umbanda

RELIGIÃO: Mogi das Cruzes recebe a 4ª Caminhada de Ogum no próximo sábado, dia 7 de maio, a partir das 10 horas, com apoio da Prefeitura de Mogi das Cruzes e entidades. No sincretismo das religiões afro-brasileiras, Ogum é associado a São Jorge, o cultuado Santo Guerreiro da religião católica. Por inspirar força, Ogum é considerado o guerreiro perfeito e traz lições de superação, liderança e vitória aos que têm fé. O presidente da Associação Cultural e Religiosa Axé Mogi, Pai Roberto de Xangô fez um convite especial para os ouvintes e internautas da Rádio Metropolitana.

“A caminhada tem concentração marcada para acontecer às 9h na Praça do Bom Jesus (ao lado da Doceria Mirella) e, ao final, contará com apresentações. Vamos chegar com o andor de São Jorge, esperar uma quantidade de pessoas para, depois, descermos pela Ricardo Vilela. Em seguida, vamos virar na Praça do Relógio e seguiremos até a Praça da Marisa, onde vamos ter uma tenda, palco e microfone. Lá, faremos nossas apresentações, com pontos cantados direcionados a São Jorge – porque é homenagem a ele -, mas a gente canta outros pontos destinados a outras entidades e outros orixás também. Neste ano, vamos fazer homenagem também a pais e mães de santo, babalorixás e ialorixás que são do Candomblé”, explicou.

A Associação Axé Mogi surgiu em 2016 com o objetivo de reunir as casas e terreiros de Umbanda e Candomblé. Durante a entrevista, Pai Roberto de Xangô explicou a diferença entre Umbanda e Candomblé. Mesmo com toda a evolução que o Brasil sofreu nos últimos anos com a ótica sobre as religiões, ambas ainda são vistas com forte preconceito por boa parte das pessoas.

“Umbanda é uma religião 100% brasileira. Candomblé é uma religião afro, mas é da África. Umbanda nasceu aqui há mais de 100 anos e tem como visão sempre fazer a caridade. A Umbanda não deseja mal a ninguém”, esclareceu. “O preconceito com a Umbanda é que existem vários cultos, e nela, você vai cultuar os orixás. O candomblé traz isso da África, mas a Umbanda não faz isso. Para a população, é algo em geral. A Umbanda raiz não faz determinadas coisas”, reforçou.

Ele também destacou o trabalho da associação, que fora dos terreiros, realiza uma exposição da cultura da religião. “O Axé Mogi trabalha nossa cultura. Quem quer conhecer a nossa religião, tem que ir no terreiro para isso. Uma religião que tem mais de 100 anos de história exige respeito. É necessária e muito importante essa desmistificação, e esse trabalho, o Axé Mogi está fazendo”, afirmou.

Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.

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