domingo, maio 19

Téo Cusatis: “Fila de cirurgias eletivas deve ter mais de 1 milhão de pessoas”

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Biomédico e especialista em Gestão de Sistemas de Saúde, Téo Cusatis, faz uma análise do cenário do sistema público de Saúde no Alto Tietê

Com a retomada das cirurgias eletivas nesse momento da pandemia da Covid-19, o maior desafio das cidades é reestruturar a rede de atendimentos das Prefeituras junto ao Governo do Estado de São Paulo. Quem analisa o assunto é o biomédico e especialista em Gestão de Sistemas de Saúde, Téo Cusatis que destaca “fila de cirurgias eletivas deve ter mais de 1 milhão de pessoas”.

Para o especialista, “as filas já deveriam estar sendo organizadas há algum tempo para começarem as cirurgias que estão paralisadas há mais de um ano e meio”. Sobre as demandas do Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS), Téo Cusatis explicou que teriam que estar sendo organizadas por tipos de patologia. “O paciente passou mais de um ano na fila, não basta chegar e agendar a cirurgia, todos os exames precisam ser refeitos para reavaliar a necessidade que inclui um fluxo assistencial e administrativo. Para isso cada Prefeitura precisa iniciar a discussão para depois tratar regionalmente e com o Governo do Estado como ficam dispostos os atendimentos”, avaliou. Ele também ressaltou que o critério de organização para os tendimentos precisam considerar tecnicamente os quadros individuais dos pacientes.

Téo Cusatis também denunciou a possível falta de insumos básicos na rede pública de Saúde. “Precisa haver um incentivo às indústrias brasileiras para a produção de insumos. Inclusive saiu uma matéria sobre a incapacidade da indústria do país no fornecimento de materiais essenciais básicos, luva, álcool em gel. Tudo o país depende da produção de fora”, afirmou.

O biomédico, que também é ex-secretário de Saúde de Mogi das Cruzes, comentou a notícia de que o médico Zeno Morrone deve assumir a pasta no próximo sábado (02/09), após se desligar oficialmente do funcionalismo público pelo Governo do Estado, para assumir o novo cargo, ficando à disposição da Prefeitura. “O primeiro passo é organizar as filas, de acordo com o estágio das doenças e complicações que tem necessidade de intervenção cirúrgica. Vale a pena até essa questão ser discutida junto aos órgãos fiscalizadores, Câmara Municipal e Ministério Público. O Zeno é um cirurgião obstetra competente, há um tempo atendeu a Saúde pública e que tem experiência para assumir e coordenar a Secretaria, trabalhando essa organização”, apontou. Quer saber mais sobre a análise do especialista sobre a saúde da região? Acompanhe a entrevista completa.

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