quinta-feira, maio 2

Samuel Oliveira analisa cenário político e aponta crescimento de Bolsonaro

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Falta de uma terceira opção consolidada faz com que o atual presidente cresça diante de Lula e do PT, segundo o cientista político

POLÍTICA: Xadrez político da campanha presidencial das eleições de 2022: com o fim da janela partidária, a política brasileira teve dias intensos envolvendo pré-candidatos. Para analistas políticos, a terceira via sai enfraquecida e a expectativa é de que a corrida presidencial permaneça polarizada entre os líderes Bolsonaro e Lula. E como ficam os pré-candidatos ao Governo do Estado de São Paulo? A seis meses das eleições presidenciais no Brasil, dados indicam que 1 a cada 4 deputados federais trocaram de partido. Em meio a tudo isso, ainda existem os agentes da desinformação. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) espera receber 100 mil denúncias de notícias falsas nas eleições. O cientista político Samuel Oliveira analisou o cenário atual no Brasil e falou sobre a situação dos partidos e a esperada terceira via.

“A gente criou uma expectativa muito grande para a terceira via e para o Sergio Moro (União Brasil), mas ele subiu no telhado. Agora tem o movimento de alguns partidos, como PSDB, Cidadania e União Brasil para formar a terceira via. É um desenho que pode mudar algumas peças no jogo e tem muito a ver com o João Doria (PSDB), porque o partido diz que está fechado com ele, mas parece que não. Na semana passada, houve uma reunião em Brasília da senadora do Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB), com o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Talvez seria a possibilidade de uma terceira via porque o Doria não está se destacando. Há uma construção, e, em mais ou menos um mês, eles vão anunciar. Poderemos ter uma chapa de terceira via com Simone Tebet e Eduardo Leite como vice”, analisou.

Segundo ele, o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB) estaria neste momento, tentando angariar votos na região do Nordeste, já que no Sudeste e no Sul ele não decola nas pesquisas eleitorais. “Por mais que ele tenha uma gestão reconhecida aqui em São Paulo, principalmente durante a pandemia, ele tem uma rejeição pessoal muito grande. É uma rejeição muito próxima à rejeição que sofre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e faz com que ele não consiga avançar. É uma liderança política que ele não tem”, enfatizou.

Sobre o cenário mais polarizado entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), ele acredita que Lula venceria as eleições hoje, mas a falta de uma terceira via já definida, na ótica dele, acaba beneficiando Bolsonaro. “Com a saída do Moro, 4% foram para o Bolsonaro, 2% foram para o Ciro Gomes (PDT) e há 2% soltos, que não querem Lula nem Bolsonaro. O Ciro também não consegue ganhar força com outras legendas partidárias”, afirmou.

“As chances do Bolsonaro começam a aumentar, porque esse eleitor que queria a terceira via e não encontrou começa a olhar para Bolsonaro e Lula. Ele vai querer voltar ao período do ex-presidente ou vai querer o atual? E mais do que isso: o ‘sentimento anti-Lula’ e ‘anti-PT’ pode aumentar ainda mais e isso pode fazer com que o Bolsonaro aumente o potencial de votos. Hoje, parece muito consolidada uma vitória do Lula, mas essas mudanças da terceira via e o sentimento do eleitor contra o PT e contra o Lula, podem fazer o Bolsonaro ser reeleito”, avaliou.

O cientista político também comentou de como o ‘poder de compra’ e a inflação podem afetar na reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.

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