quarta-feira, maio 1

Dr. Zeno Morrone: “A Santa Casa não nos mostra exatamente como vai gastar esses R$ 3,6 mi”

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O secretário de Saúde de Mogi das Cruzes ressaltou que a Santa Casa não mostrou para a Prefeitura onde e nem como eles vão gastar 3 vezes mais do que recebem hoje.

Santa Casa de Mogi das Cruzes teme fechar as portas do PS: A Santa Casa quer um aumento de R$ 2,4 milhões mensais para manter a estrutura de atendimento do Pronto-Socorro. Com o prazo de contrato próximo ao vencimento, a Prefeitura de Mogi alegou ter uma comissão técnica analisando a solicitação. Em nota a pasta afirma que, “a Secretaria Municipal de Saúde não recebeu, até o momento, nenhum posicionamento oficial da Santa Casa de Misericórdia de que não renovará o convênio do Pronto Socorro”, situação oposta aos apontamentos feitos pelo assessor jurídico da Santa Casa, o advogado Dr. Marcos Soares. Acompanhe a entrevista especial com o secretário de Saúde da Prefeitura de Mogi, Dr. Zeno Morrone. Segundo ele, o que há entre a Prefeitura e a Santa Casa é um acordo e acordos precisam ser bons para ambas as partes. No contrato que foi firmado em 2019, a Prefeitura pagava R$ 990 mil pelo Pronto Socorro da Santa Casa. “Na renovação a Santa Casa propôs um aumento bem significativo de R$ 990 mil para R$ 3,6 milhões. E isso é inviável do ponto de vista administrativo porque você vai contratar o mesmo serviço, a mesma qualificação, o mesmo histórico e pagando três vezes mais. A gente tem que responder o porquê de tudo isso, então iniciou-se uma conversa e entre essa conversa prorrogaram esse convênio uns 25% a mais por lei que poderia ser dado e foi para R$ 1,2 milhão por mês, foi prorrogado até dia 28 de dezembro, que deve terminar esse convênio. O interesse da Prefeitura é a renovação, não tenha dúvidas disso porque a Prefeitura precisa da Santa Casa tanto quanto a Santa Casa precisa da Prefeitura”, afirmou.

Dr. Zeno Morrone explicou que o contrato do Pronto Socorro é apenas um dos vários contratos firmados entre a Prefeitura e a Santa Casa. Tem o contrato de internação, o contrato de maternidade e esses serão mantidos pela Prefeitura, pois esses outros contratos também envolvem verbas estaduais e federais. “Juntou-se uma comissão da qual eu não faço parte, somente pessoas técnicas perguntando para a Santa Casa onde seria gasto esse dinheiro e a Santa Casa não nos mostrou de onde vem exatamente esses R$ 3 milhões, pois é um aumento significativo, então nós queremos saber o porquê. Como é um aumento significativo, eu preciso saber exatamente onde vai ser gasto e o porquê deste aumento. Se existem déficits do passado, nós não podemos simplesmente estalar os dedos e resolver esse déficit do passado”, comentou. “Eu sou mogiano, e eu sei que desde criança eu ouço que a Santa Casa sempre foi um problema financeiro. A administração sempre zela pelo equilíbrio entre despesa e receita, porém a Santa Casa sempre foi problema, tanto é que recebe várias verbas extras como emendas, tanto verbas federais quanto estaduais. E em relação ao Pronto Socorro é exatamente isso. A Santa Casa não nos mostra exatamente onde vai gastar esses R$ 3,5 milhões e como que de R$ 1,2 milhão foi para R$ 3,6 milhões. É isso que estamos esperando da Santa Casa”, destacou.

O secretário também respondeu aos questionamentos dos ouvintes e internautas sobre a repactuação da Saúde de Mogi e o retorno das cirurgias eletivas no município. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.

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