sexta-feira, maio 17

Cresce o número de casos de infarto em jovens

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Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, a cada dois minutos morre uma pessoa devido a uma enfermidade cardiovascular. Um levantamento inédito da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostra que os homens entre 20 e 29 somaram uma alta de 22% dos casos registrados entre 2019 e 2021.

SAÚDE: Aumentam os casos de infarto de miocárdio em jovens. Um levantamento inédito da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostra que os homens entre 20 e 29 somaram uma alta de 22% dos casos registrados entre 2019 e 2021. Um estudo apresentado em encontro do Colégio Americano de Cardiologia mostra que, nos Estados Unidos, o número de infartos se estabilizou entre os americanos mais velhos, mas a incidência entre adultos jovens se amplia 2% ao ano. O mesmo movimento que começa a ser observado no Brasil. Os crescentes ataques cardíacos em pessoas com menos de 40 anos preocupa especialistas. Para explicar os fatores de risco, o Radar Noticioso recebeu o médico cardiologista e membro da Sociedade Paulista de Cardiologia, Dr. Paulo Saraiva, que esclareceu os caminhos para a prevenção e combate às doenças cardíacas.

Dados do Ministério da Saúde mostraram em 2021 que, no Brasil, a cada dois minutos uma pessoa morreu devido a uma doença cardiovascular e para piorar, apenas 2% dos brasileiros conseguem reconhecer os sintomas de um infarto. “As doenças que mais matam as pessoas hoje em dia é o Covid? Não, é a doença do coração. Hoje em dia a população vem engordando, o estresse das pessoas vem aumentando, a qualidade do sono vem piorando e principalmente o consumo de fast food vem aumentando. Todos esses fatores vem fazendo com que a taxa de infartos venha aumentando cada vez mais. Há 20 ou 15 anos a gente se preocupava com pacientes acima de 40 anos, hoje a partir dos 30 já preconiza que tem que passar todos os anos”, ressaltou.

O especialista explicou que o estudo que mostra que os homens entre 20 e 29 somaram uma alta de 22% dos casos registrados entre 2019 e 2021 preocupa bastante. “Antigamente chegava um paciente com 20 a 29 anos no consultório com dor no peito, a gente pensaria em outras causas que não fosse a doença cardíaca. Hoje em dia a gente vem pensando em doença cardíaca devido à má qualidade de vida que as pessoas vêm adotando nesses últimos anos”, afirmou.

Dores e sensação de aperto no peito, falta de ar, fadiga e náusea. Esses e outros sintomas em conjunto são fortes indicações de que uma pessoa pode estar sofrendo de infarto. Mas cerca de metade deles são silenciosos, ou seja, não apresentam qualquer sinal. “A presença de alguns fatores de risco considerados clássicos expõe as vítimas a um maior risco de desenvolver doenças cardíacas. As consequências de um ataque cardíaco sem sintomas podem ser tão ruins quanto as de um ataque facilmente reconhecido. Quantas vezes não ouvimos que alguém teve um infarto e não sentiu nada? Por isso, conhecer os sintomas e procurar ajuda rapidamente são atitudes de extrema importância porque ele até sentiu uma dor, mas achou que não era nada. Principalmente durante a pandemia”, explicou.

Por isso o cardiologista pediu para que os jovens “tratem da saúde hoje”. “Se você tem um problema de saúde que pode ser revertido agora, não vamos deixar para amanhã”, avisou.

Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.

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