domingo, maio 12

Casos de infarto em mulheres jovens aumentam 62% no Brasil

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Segundo o médico cardiologista, Dr. Paulo Saraiva, um terço das mulheres brasileiras morrem de doença cardiovascular e a maioria por infarto.

SAÚDE: Cardiopatias chegam a representar 30% das causas de morte entre brasileiras acima dos 40 anos. Além das predisposições que são para ambos os sexos, mulheres têm fatores de risco específicos para doenças cardiovasculares (DCVs), como menopausa, diabete gestacional, distúrbios hipertensivos da gravidez, parto prematuro e síndrome dos ovários policísticos. Outro fenômeno percebido entre as brasileiras foi o aumento da incidência do infarto em mulheres de 15 a 49 anos. Em três décadas houve um salto de 7,1 mil para 11,6 mil casos registrados, um crescimento de 62%. Acompanhe os alertas do médico cardiologista e membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dr. Paulo Saraiva.

Ele explicou os fatores de risco e como realizar a prevenção de doenças cardíacas. “De uns anos para cá está tendo uma maior incidência de doenças cardíacas nas mulheres, as grandes pesquisas cardiológicas sempre foram baseadas nos sintomas dos homens, então de 20 anos pra cá essa faixa de mortalidade e de incidência de doença cardíaca na mulher vem aumentando ano a ano”, enfatizou.

Segundo o médico cardiologista, os problemas cardíacos das mulheres são confundidos com ansiedade. Ele explicou que as mulheres demoram muito mais para procurar tratamento médico, o que é um erro em relação à doença cardíaca. “As mulheres ligam mais para os sintomas de ansiedade. Quando a mulher tem um quadro de palpitação, tá sentindo cansaço ou fadigada, vai pensar ah, eu trabalhei, cheguei em casa, ainda cuidei da casa e dos filhos. As mulheres normalmente brigam com os maridos para eles irem ao cardiologista, mas muitas vezes ela não vai. Então as mulheres demoram um tempo maior a dar a importância devida aos sintomas cardiológicos”, analisou.

O especialista explicou como evitar problemas no coração. “É o que eu sempre falo quando venho aqui. Uma boa alimentação, atividade física regular, qualidade do sono e usar regularmente suas medicações”, frisou.

De acordo com o Dr. Paulo Saraiva, quando a mulher chega no consultório normalmente está com uma dor atípica. “A dor típica é a que a gente sempre ouviu falar, dor no peito com irradiação para o braço esquerdo, dor lancinante com grande intensidade que faz a paciente procurar um pronto socorro. Na mulher é uma coisa mais sutil. Teve uma dor no estômago, acha que é gastrite. Tomou um remedinho para dor e passou, mas na verdade isso é uma dor epigástrica que é uma das dores atípicas. Também tem dor na mandíbula, um cansaço extremo de ficar fadigada quando anda ou faz algum esforço para limpar a casa, são todos sintomas de alarde. Por isso a gente sempre pede que a pessoa procure um cardiologista. A partir dos 40 anos o checkup tem que ser anual, mas se você tem pai ou mãe com doença cardíaca o melhor é começar a partir dos 20. Hoje cuidamos da antecipação, aos 20 você já tem que pedir um exame básico cardiológico”, alertou.

Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.

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