sexta-feira, maio 17

Autoridades se manifestam contra o pedágio em audiência pública do Orçamento em Mogi

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Durante o debate sobre as demandas para o Orçamento Estadual 2022 foram foram realizados pedidos de investimentos em várias áreas como esportes, educação, habitação, acessibilidade, entre outros temas sociais

A instalação do pedágio na Rodovia Mogi-Dutra foi um dos principais temas em destaque na audiência pública realizada pela Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) na noite de ontem (12/09) na Câmara de Mogi, para discutir os investimentos de cerca de R$ 260 bi previstos para o Estado de São Paulo em 2022. No encontro também foram apresentadas propostas para o esporte, educação, mobilidade, segurança pública, educação, inclusão, entre outras áreas.

Apesar de não ser um item vinculado ao Orçamento paulista, diante dos apelos de prefeitos e vereadores contra o pedágio, os deputados estaduais que comandaram o evento se comprometeram em aumentar a pressão para que o governador João Doria (PSDB) volte atrás na medida e desista de implantar a praça de cobrança de tarifa na principal via de entrada na cidade.

A intervenção da Alesp na luta contra o plano da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) foi o único pedido feito pelo prefeito Caio Cunha (PODE) durante a audiência presidida pelo deputado estadual Estevam Galvão de (DEM), ao lado do presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp, Gilmaci Santos (Republicanos), e de outras lideranças da região e do Estado.

“O assunto é economia e recursos, e tão importante como a vinda de recursos é a impossibilidade de que esses recursos venham para a cidade”, destacou o prefeito ao ressaltar os problemas sociais e econômicos que isso pode gerar com o isolamento do Distrito Industrial do Taboão e dos moradores de bairros próximos à Serra do Itapeti, que terão que pagar pedágio para ir à cidade.

O prefeito fez questão de explicar a luta que Mogi está enfrentando em uma guerra jurídica contra o pedágio. “Já conseguimos derrubar um edital no TCE, estamos trabalhando com uma pauta política e conto e agradeço a parceria dos deputados estaduais e federais que estão nos apoiando nessa luta. É importante a participação não só das lideranças políticas, mas de toda a sociedade”, discursou.

O pedido também foi feito pelo preferi de Suzano e presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), Rodrigo Ashiuchi (PL) que elencou os problemas que toda a região vai enfrentar com a construção de uma praça de pedágio na Mogi-Dutra.

O presidente da Comissão, Gilmaci Santos ressaltou que muitas cidades do Estado estão sofrendo com o aumento do número de pedágios nas rodovias. Ele explicou que a decisão não é de competência da Alesp, já que esse tipo de intervenção é feito por decreto, sem precisar de aprovação dos deputados. Mesmo assim, se comprometeu em engrossar a campanha. “Podemos fazer pressão, pressionar, mas a decisão é do Governo do Estado”, comentou.

Também presente na reunião, o deputado petista Jorge do Carmo enfatizou criticou foi enfatizou seu apoio ao “Movimento Pedágio Não”. O deputado Ênio Tatto, também do PT, criticou a política do atual Governo. “O que a gente pode propor é uma lei para obrigar o governador a estar presente em cerimônias de inauguração desses equipamentos. Essa seria uma forma do Dória sentir na pele a revolta dos moradores”, discursou.

O deputado Marcos Damásio (PL), além de reforçar o compromisso em continuar lutando para frear o pedágio, também se comprometeu em propor emendas para os pedidos que foram apresentados por moradores e representantes da sociedade civil na audiência.

Comandando a audiência pública, o deputado estadual Estevam Galvão fez questão de enfatizar que desde o início se uniu aos políticos e à sociedade para lutar contra o pedágio. “Estamos juntos nessa batalha e podem ter certeza que vamos cada vez mais nos unir para barrar esse pedagio”, destacou.

Quer saber mais sobre como foi a audiência pública da Alesp em Mogi das Cruzes? Acompanhe a cobertura completa.

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