quinta-feira, maio 16

Alto Tietê tem oito casos de varíola dos macacos

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A médica infectologista, Dra. Rachel Leite, explica como prevenir a doença que já atingiu mais de 1.300 pessoas no Brasil

SAÚDE: Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba confirmam novos casos da varíola dos macacos; total de infectados no Alto Tietê chega a oito. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil vai ter antiviral para tratar a doença. Para trazer os destaques, o Radar Noticioso recebeu a participação especial da médica infectologista, Dra. Rachel Leite, que explicou como a infecção do vírus monkeypox se desenvolve no organismo. Ela analisou como o país e a região podem prevenir e combater a propagação da varíola e deixou orientações especiais de como identificar a doença.

“É importante que as pessoas saibam que a varíola não é culpa dos macacos, ela foi identificada na década de 50 em macacos de laboratório. Então ela existe faz tempo, mas não tinha essa proporção mundial. Era conhecida na África Central e Ocidental e isso sempre existiu lá. Nesse ano que a gente começou a ter disseminação e começou a ouvir a falar mais na varíola dos macacos. Ela é da mesma família da varíola humana, podemos falar que os vírus são primos, mas eles têm pequenas diferenças genéticas e é por isso que a gravidade dos casos é diferente”, explicou.

A médica infectologista ressaltou que o vírus tem um período de incubação de 5 a 21 dias. “Ou seja, a partir do momento que eu entro em contato com o vírus até o momento que eu vou desenvolver sintomas demoram de 5 a 21 dias. Inicialmente começa com uma febre, mialgia, dor nas costas, sensação de exaustão e isso dura de 1 a 3 dias. Depois disso começam as lesões de pele e inicialmente estavam falando que começava pela face e ia espalhando. A gente tem primeiro as máculas que são as manchinhas com discreta elevação na pele. Depois vesículas que são as bolhinhas com líquido claro, depois as pústulas que são as bolhinhas com pus e depois a gente tem a fase de crosta que são as feridas com casquinhas. Só para de transmitir depois que passa por todas as fases de bolhas, então até eu ter a finalização de todas as crostas e coberta por pele nova, eu ainda posso estar transmitindo a varíola dos macacos”, destacou.

Segundo a Dra. Rachel Leite, o vírus é transmitido por contato próximo com lesões, fluídos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados. “A transmissão ocorre principalmente em contato pele a pele e com as lesões porque o que vai transmitir são as lesões e o líquido dentro das pústulas.

Quer saber mais sobre as recomendações da médica infectologista? Acompanhei a entrevista completa.

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