sábado, maio 18

Agosto Lilás: 876 mulheres foram vítimas de violência em Mogi

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No mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher, Dra. Luciana Amat, traz informações atualizadas sobre os registos do município

O Agosto Lilás é o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Uma campanha nacional que busca chamar a atenção da sociedade para o enfrentamento à violência doméstica. A escolha do mês tem relação com a data de sanção da conhecida Lei Maria da Penha, que completa 16 anos em vigor no próximo domingo, dia 7 de agosto. Dados do Fórum de Segurança Pública apontam que em 2021, em média, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas no Brasil. Só em São Paulo, desde o início da pandemia, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Online, registrou mais de 60 mil boletins de ocorrência. Para trazer visibilidade ao tema e esclarecer os canais de denúncia, o Radar Noticioso conta com a participação especial da delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e da Delegacia do Idoso de Mogi das Cruzes, Dra. Luciana Amat.

No enfrentamento da violência contra as mulheres, vários projetos de lei sobre o tema estão em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo e outras leis foram sancionadas na capital. Um destaque comentado pela delegada, é com relação a recentes mudanças na lei em que após denúncia, mesmo que a vítima desista da ação, a investigação não pode mais ser interrompida.

“Às vezes o crime acabou de acontecer e no calor do momento essa mulher entra na delegacia online e faz um B.O. Se mais tarde essa vítima se arrepender de ter denunciado o agressor, o Estado entende que precisa dar continuidade para assegurar uma situação de segurança a essa mulher, ela querendo ou não, a Delegacia continua investigando”, explicou. Somente este ano Mogi contabilizou 876 registros na DDM e mais 373 boletins de ocorrência abertos de maneira virtual.

A delegada comentou sobre o enfrentamento a crimes sexuais. Afinal, como proteger as mulheres e crianças vitimas de abuso? Ela indica que a escola é fundamental na hora de acompanhar e averiguar os casos de crianças vítimas de abuso. “A partir de agentes treinados para identificarem os sinais comportamentais”, explicou. Se confirmado, “o primeiro passo o Conselho Tutelar, que é acionado, e este notifica a Delegacia”, complementou.

A cidade pode ter um programa assistencial para vítimas de violência, segundo a Dra. Luciana Amat, um projeto já foi entregue à Administração Pública. Na ocasião, a delegada esteve com a prefeita em exercício, Priscila Yamagami (PODE), para dialogar sobre caminhos efetivos de combate à violência. Inclusive, com proposta de um programa de reeducação para homens que praticaram violência, que “está em análise”.

“Só a investigação não basta, é preciso políticas públicas”, enfatizou a servidora de Segurança Pública. A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita em Delegacias e órgãos especializados, onde a vítima procura amparo e proteção. O Ligue 180, central de atendimento à mulher, funciona 24 horas por dia, é gratuito e confidencial. A DDM de Mogi fica localizada na Rua Av. Antônio Nascimento Costa, 21, Vila Oliveira. O telefone da Delegacia é o (11) 4726-5917. Acompanhe na íntegra.

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