sexta-feira, maio 17

25 de julho: Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha

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Saiba porque esta data é um símbolo de resistência das mulheres negras no Brasil e no mundo conhecendo melhor a História da escravidão

Dia 25 de julho é o Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha, data que é um símbolo de resistência das mulheres negras. Instituído em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana, o evento surgiu para dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo. No Brasil, a data homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência do povo negro. Quem destaca a importância da data é a historiadora e artista plástica afro-brasileira, Maristela Afro.

A grande homenageada do Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha no Brasil, na verdade, foi uma líder quilombola que ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão no século XVIII. Após a morte do marido, José Piolho, Tereza assumiu o comando do Quilombo Quariterê e o liderou por décadas. Ficou conhecida por sua visão vanguardista e estratégica. Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Ali, era cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de tecidos. Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre outros.

Maristela Afro conta que ganhou em 2012 o Prêmio pelo Conselho do Negro do Estado de São Paulo e que quando a pessoa que entregaria o prêmio lia o seu currículo ela se dava conta de todas as suas conquistas “A mulher negra não se vê, eu não enxergava que eu era digna de ganhar”. Para a especialista em História, as pessoas e os negros precisam estudar mais a História do negro no Brasil e no mundo.”Tem pessoas que não entendem a importância da cota nas Universidades. Precisamos falar da nossa história. Eu vejo essa importância todos os dias e como eu fui da área da Educação, vejo a necessidade da lei 10.639 que prevê que deve ser ensinado nas escolas a Histórica e cultura afro-brasileira, porque nossa população, na verdade a maioria é periférica”, destaca.

Quer saber mais sobre a cultura afro-brasileira? Acompanhe a entrevista completa.

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