O médico cardiologista, Dr. Paulo Saraiva, explicou como diferenciar as dores de uma síndrome do pânico, ansiedade e de um infarto.
SAÚDE: A dor no coração é quase sempre associada ao infarto. Essa dor é sentida como um aperto, pressão ou peso sob o peito de duração de mais de 10 minutos, que pode irradiar para outras regiões do corpo, como costas, e geralmente está associada ao formigamento nos braços. No entanto, a dor no coração nem sempre significa ataque cardíaco e para explicar os sinais de alerta, o Radar recebeu o médico cardiologista e membro da Sociedade Paulista de Cardiologia, Dr. Paulo Saraiva. Ele explicou como identificar quando a dor é uma condição de risco e quando é por exemplo, ansiedade.
O cardiologista destacou que há outras condições em que o principal sintoma é a dor no coração, como a arritmia cardíaca e transtornos psicológicos, como ansiedade e síndrome do pânico. “Quando os pacientes falam que estão com dor no peito não necessariamente precisa ser uma dor cardiológica. A dor no peito pode ser sintoma de outras doenças. Um paciente que tem uma gastrite quando aumenta a secreção ácida faz refluxo no paciente e pode dar dor no peito por causa do esôfago. Por isso quando o paciente chega no consultório nós fazemos exames como o holter, o teste da esteira, o ecocardiograma e outros exames mais específicos para descartar o infarto. Pergunto para o paciente se essa dor é acusada pelo esforço, porque o infarto é normalmente desencadeado pelo esforço”, afirmou.
O ataque cardíaco é normalmente a primeira opção quando se trata de dor no coração, apesar de raramente ser de fato um infarto apenas quando se sente dor no coração. É mais comum em pessoas com pressão alta, com idade superior a 45 anos, fumantes ou com colesterol alto. O infarto é sentido normalmente como um aperto, uma pontada ou queimação que pode irradiar para as costas, mandíbula e braços, causando sensação de formigamento. “Na suspeita de infarto é fundamental que a ambulância seja acionada e encaminhada para o hospital ou pronto-socorro mais próximo o mais rápido possível”, enfatizou.
Dr. Paulo Saraiva também explicou a diferença entre as dores de infarto, síndrome do pânico e ansiedade. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.