Durante o primeiro semestre de 2022 foi registrado um aumento de R$ 1,5 milhão nos gastos, comparado ao mesmo período do ano passado
SANEAMENTO: O Serviço Municipal de Águas e Esgoto (Semae) registra aumentos em insumos e produtos que variam de 30% a 40% para realizar os trabalhos de saneamento básico em Mogi das Cruzes em 2022. Números apresentados pela autarquia apontam uma elevação de mais de R$ 1,5 milhão no preço de produtos químicos nos primeiros seis meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2021. Outro assunto em destaque é que o Semae começou a realizar a manutenção no sistema que abastece a Chácara Guanabara e na semana que vem vai atender Biritiba Ussu. Para explicar as intervenções realizadas na cidade, o Radar Noticioso recebeu o diretor-geral do Semae, João Jorge da Costa, que comentou sobre o impacto da estiagem na região.
“O Semae atende com abastecimento de água 99% de Mogi, com esgotamento sanitário 95% e com tratamento de esgoto 65%. Sendo que uma parte desse serviço é feita pela Sabesp. Os bairros da divisa eles são concedidos para a Sabesp porque tem uma serra no meio do caminho. É mais fácil utilizar a infraestrutura da Sabesp do que fazer uma nova infraestrutura. No tocante a água a gente produz 60% da nossa água e 40% ela é comprada da Sabesp. A água tratada que a Sabesp nos entrega no preço de atacado, nós distribuímos, nós fazemos a operação comercial e fazemos a manutenção da rede”, enfatizou.
Segundo ele, a conta de água dos mogianos é 40% mais barata do que as cidades do médio Tietê porque a tarifa é fixada e pode ser revista anualmente. “Essa é uma questão, ela acaba sendo reajustada através da inflação. No ano de 2020 não houve o reajuste, em 2021 houve um reajuste de 9,33% e este ano teve uma alta de insumos muito grande. Nós propusemos para a Prefeitura e é ela quem decide, um reajuste de 12,8% que foi o valor da Sabesp que fornece essa água tratada reajustou”, destacou.
O diretor afirmou que desde janeiro a junho do ano passado, foram destinados R$ 4.886.956,80 para custear os produtos químicos empregados no tratamento da água distribuída e do esgoto coletado. No mesmo período de 2022, a despesa foi de R$ 6.410.917,69, um volume de R$ 1.523.960,89 a mais que nos primeiros seis meses de 2021. “Isso faz com que se não tiver um reajuste tarifário, o Semae comece a entrar em déficit. Se ele entra em déficit fica difícil até de manter investimentos. Ele vai equilibrar com esse aumento que deve começar a partir de outubro”, ressaltou.
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