O arquiteto e urbanista, Selmo Roberto Santos, avalia tecnicamente a proposta e declara ser inviável e deveriam, na verdade, criar outras estradas e meios de resolver um problema de verdade: os congestionamentos
PEDÁGIONÃO: Políticos de Mogi das Cruzes, deputados e autoridades do Alto Tietê, solicitaram audiência com o governador João Dória (PSDB) para debater diretamente a polêmica envolvendo a possível instalação de uma praça de pedágio na Rodovia Mogi-Dutra (SP-88), na altura do km 40, e na Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98), reta final de chegada à cidade de Bertioga.
O documento trata do edital publicado no dia 14 de maio pela Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), que prevê a concessão à iniciativa privada da Mogi-Dutra e da rodovia Mogi-Bertioga, no chamado Lote Litoral Paulista. Segundo o edital, serão instaladas cinco praças de pedágio com a cobrança programada para iniciar em 2024.
Hoje no Radar quem traz esse destaque é o arquiteto, urbanista e ex-presidente da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos De Mogi Das Cruzes (AEAMC), Selmo Roberto Santos, que faz uma análise técnica dos problemas nas estradas.
“Rodovias e estradas precisam ser criadas no entorno da cidade, para que não precise entrar no município, passar pelo Centro e correr o risco de enfrentar o trânsito. Por exemplo, daqui de Mogi a Perimetral parou em César de Souza, não continuou”, destaca. Já sobre a criação da praça de pedágio ele declara ser contra porque a ideia é “absurda”. Pedagiar uma estrada de 15 km? Essa obra é para estradas extensas, não faz sentido, é um absurdo instalar um pedágio ali”, completa o urbanista.