O cirurgião geral, Dr. Thiago Pires, explicou as diferenças entre as cirurgias e afirmou que nenhuma cirurgia é ‘simples’. Saiba mais na entrevista especial.
SAÚDE: A pandemia atrasou mais de 1 milhão de cirurgias no Brasil em 2020. O Ministério Público de Saúde estima que somente neste primeiro ano de pandemia da Covid-19 o número de procedimentos cirúrgicos suspensos chegaram em 59,8% em áreas urbanas e 90% nos interiores. Neste momento de pós-pandemia, um dos grandes desafios da Saúde, é reorganizar e atender os pacientes que tiveram suas cirurgias represadas. Para explicar o que são as cirurgias eletivas, as de urgência e as de emergência, o Radar Noticioso recebeu o cirurgião geral, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Gestor em Saúde, Dr. Thiago Pires. Além de esclarecer a diferença entre as classificações cirúrgicas, ele também destacou como um caso ‘simples’ pode se agravar e se tornar um risco, além de como identificar a gravidade e procurar especialistas.
“Basicamente as cirurgias eletivas são aquelas cirurgias de consultório, você me procura por algum problema e a gente vai te preparar para uma cirurgia. A cirurgia da vesícula, por exemplo, toda pedra da vesícula a gente opera? Não necessariamente. A gente conversa bastante com o paciente, no nosso grupo a gente faz uma coisa relativamente nova na Medicina que é o empoderamento do paciente. Ele participa da decisão do que a gente vai fazer também”, enfatizou.
O médico ressaltou que com esse método ele explica tudo para o paciente, tudo que vai acontecer, as possíveis complicações porque muitas pessoas falam que a cirurgia será ‘simples’. “Não uso esse termo, eu odeio esse termo. Cirurgia simples não existe, tudo é cirurgia. Na verdade, a gente fala que tudo tem um risco”, afirmou.
O médico também explicou o que é uma cirurgia de urgência. “Apendicite é uma cirurgia que dependendo da situação e do horário você pode aguardar para o dia seguinte”, exemplificou.
Dr. Thiago Pires também explicou a diferença entre a cirurgia de urgência e de emergência. “A cirurgia de urgência a gente consegue esperar um tempo, mas a de emergência não. A cirurgia de emergência acontece quando o paciente corre risco de vir a óbito. Um trauma, uma facada, um tiro”, ressaltou.
Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.