Apesar de estar afastado do ramo dos cosméticos devido a uma cláusula de não competição após ter vendido a Vult Cosmética para o Grupo O Boticário, o empresário e sócio-fundador da Vult Cosmética contou que pretende voltar para o ramo: “Pretendo voltar para o mercado sim, mas não para competir com a Vult. Eu acho que eu quero ver cada vez mais essa borboleta voando alto”.
NEGÓCIOS: O mercado de beleza registrou crescimento durante a pandemia, na contramão da crise econômica. Segundo a Euromonitor, a evolução do mercado de higiene e beleza (H&B), demonstra que o crescimento em 2020, primeiro ano de pandemia, foi de 4,7%. Este ano, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) já apontou que o setor cresceu 6,5% no primeiro trimestre, os segmentos de Higiene Pessoal (3,5%), Perfumaria (8,9%) e Cosméticos (3,6%) superaram o mesmo período de 2021. Hoje no Radar Noticioso, quem comentou sobre as vendas no setor é o sócio-fundador da Vult Cosmética, Murilo Reggiani. Ele explicou o que tem por trás dessa linha tão popular no Brasil, cujas maquiagens tem valor acessível.
“Eu estou com 49 anos, no ramo de cosméticos estou há 25 anos mais ou menos. A Vult completou 18 anos este ano, a gente ‘tocou’ ela até os 15 anos junto com a Dani Cruz. Aos 15 anos vendemos a companhia para o Grupo O Boticário, depois de ser muita assediada por multinacionais. Graças a Deus tivemos sucesso, atingimos a liderança absoluta na venda de maquiagem do varejo, mas chegam a ter 47% de participação de mercado quando o segundo concorrente era uma multinacional. Foi uma história muito bonita, muito bacana, mas chegou um momento que eu acho que devido à perpetuidade dela e a Vult foi um sonho meu junto com a Dani. Nossas filhas não têm obrigação de seguir nossos sonhos, elas têm que construir os delas e então a gente achou que era correto passar para uma empresa que a gente admirava que é o Grupo O Boticário, dos quais os donos se tornaram amigos. A gente achou que era uma maneira de perpetuar a marca e seguir em frente com ela”, afirmou.
Segundo o empresário, a Vult se tornou um enorme sucesso graças a paixão que ele sentia pelo que fazia. “Paixão! É o que eu sempre digo para as minhas filhas, nunca vá atrás de alguma coisa por dinheiro. Faça aquilo que você gosta. Como o Júlio Simões aqui de Mogi, mecânico de caminhões que hoje tem uma das maiores frotas de caminhões do Brasil e quiçá do mundo. Quando a pessoa tem talento, tem competência e é apaixonada por aquilo não importa o que ela faz que ela tem sucesso. O segmento de cosmético é apaixonante, eu desde garoto empreendi e meus pais sempre me estimularam. Depois da loja de CDs que eu tinha, eu fui picado pelo bichinho dos cosméticos. Mesmo estando afastado por uma cláusula de não competição que nos proíbe por 8 anos de atuar na área”, ressaltou.
“Pretendo voltar para o mercado sim, mas não para competir com a Vult. Eu acho que eu quero ver cada vez mais essa borboleta voando alto nas mãos de uma empresa que eu tenho uma admiração profunda”, destacou.
Murilo Reggiani contou como fez a Vult Cosmética crescer no mercado de cosméticos e como ele teve a ideia de começar a vender os seus produtos em farmácias. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.