Diretor-adjunto de Ações Regionais da FIESP, Juliano Abe, comenta a saída Paulo Skaf da presidência e faz uma análise sobre essa nova fase
ATUALIDADES: Paulo Skaf deixou a presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) após 18 anos. Desde 1° de janeiro a entidade tem à frente da gestão Josué Gomes, que assumiu a presidência depois de ter sido eleito com 97% dos votos. Acompanhe a entrevista especial com o diretor-adjunto de Ações Regionais da FIESP, Juliano Abe, que explicou como essa mudança pode impulsionar a Região do Alto Tietê. “O trabalho que foi desenvolvido sob o comando do Skaf foi de grandes transformações, tanto na FIESP quanto no CIESP. A grande transformação agora, naturalmente, ocorre por ter novas cabeças pensantes”, comentou explicando a diferença entre as duas entidades. “Vamos lembrar que a FIESP é como se fosse uma associação de indústrias ou até de empresas, e o CIESP se equipara à Associação Comercial. A Federação é que reúne todos os sindicatos patronais da indústria do papel, indústria da produção e tem a função de agregar”.
O diretor-adjunto de Ações Regionais enfatizou que o CIESP tem se envolvido em pautas importantes para a região do Alto Tietê e não se negaria a emitir opiniões acerca das “principais agendas na região, seja o pedágio (na Mogi-Dutra), lá atrás sobre o lixão e, agora, a Taxa do Lixo. O CIESP nunca se escondeu e tenho certeza de que os associados e industriais do CIESP sentem essa representação”, destacou.
Entre os assuntos, Juliano Abe comentou as perspectivas para 2022 e se pretende ser candidato a deputado pelo MDB. “Ainda não penso em ser pré-candidato. Eu, por fazer parte da FIESP, fico atrelado às decisões políticas do que a FIESP vai fazer. Caso eu saia candidato, preciso me desvincular da FIESP”, ressaltou. No entanto, não descartou a possibilidade e afirmou, “até meados de março muita conversa vai acontecer”.
Como ex-vice-prefeito de Mogi das Cruzes, e tendo tido contato com a Política regional durante toda a sua vida, uma vez que é filho do político, ex-prefeito de Mogi e ex-deputado federal, Junji Abe, ele analisou a mudança no comando do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (CONDEMAT), que este ano tem na presidência o prefeito da cidade de Guarulhos, Gustavo Henric Costa, conhecido como Guti (PSD) e na vice-presidência do prefeito de Salesópolis, Vanderlon Gomes (PL).
Juliano Abe comparou a atuação do prefeito Guti a outra situação passada, sugerindo que como prefeito de uma cidade cuja população estimada em 2 milhões de pessoas, atue mais em benefício do seu munícipio, do que ofereça suporte para as Prefeituras do Alto Tietê. “Quando meu pai era prefeito eu o via reclamar sobre muitas questões do poder público e antigamente os Consórcios e as divisões não eram feitas regionalmente, então Mogi e São Paulo eram uma coisa só. Uma das reclamações, de quando a Marta Suplicy (ex-prefeita de São Paulo) foi presidente. A agenda da capital, as demandas e necessidades eram muito diferentes da região do Alto Tiete. Guarulhos por ter quase 2 milhões de pessoas se assemelha mais a capital do que as cidades de Salesópolis, Biritiba Mirim e o gestor acaba tendo outra percepção das prioridades”, comentou. “É um jeito diferente de gerir, não é defeito, ou qualidade, é a realidade”, avaliou.
Sobre Mogi das Cruzes, Juliano Abe afirmou que está acompanhando o imbróglio da Prefeitura a respeito da concessão do serviço de coleta de lixo e fez críticas em resposta a supostas informações responsabilizando a antiga administração pela “desorganização contratual”. “Não adianta por a culpa em outra gestão, pela falta de qualidade técnica”, disse explicando a medidas cabíveis que deveriam ser adotadas para a contratação mais célere de um serviço de qualidade e com menor preço. Acompanhe a entrevista completa.