O diretor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, Joni Matos, ressaltou a importância das vistoria e fiscalizações em pontes, viadutos e todas as obras do Estado de São Paulo para a segurança das pessoas.
ENGENHARIA: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) foca em viabilização de projetos de cidades inteligentes em 2022. A expectativa é promover qualidade de vida e desenvolvimento sustentável através da tecnologia. Após bater metas de fiscalizações no último ano e proporcionar capacitação para centenas de pessoas, o Conselho agora mapeia inovações para mobilidade, meio ambiente, urbanismo e outras áreas. Para explicar o conceito de “cidade inteligente” e fazer uma análise da região do Alto Tietê, o Radar Noticioso recebe o engenheiro civil, professor universitário e diretor do Crea-SP, Joni Matos. Entre os assuntos do dia, ele destaca a importância do trabalho preventivo na Engenharia para evitar acidentes e desmoronamentos, como é o recente caso que viralizou na mídia dos registros de corrosão e buracos na estrutura da Ponte Jurumirim no interior de São Paulo, rachaduras que preocupam motoristas que utilizam a ponte.
“Nós do CREA juntos com o nosso presidente Vinicius Marchese tínhamos uma meta para 2021 de fazer 200 mil ações de fiscalização e atingimos 282 mil ações. É um salto bastante grande em relação a 2015 que nós fizemos apenas 29 mil fiscalizações no ano. O Vinicius chegou em 2016 e agora em 2021 a gente fez 282 mil e é sempre importante salientar que quando a gente fala de ações de fiscalização, qual é a ideia? A ideia não é fiscalizar o profissional, mas sim fiscalizar a sociedade para que à frente das atividades de Engenharia, Agronomia e Geociências haja um profissional habilitado”, enfatizou.
Segundo o professor universitário, o presidente Vinícius Marchese ‘imprimiu’ no CREA-SP juntamente com todo o time, a transformação digital no CREA-SP. “Ele tirou o CREA do ambiente analógico e colocou ele no mundo digital. Ele colocou o CREA-SP com um portal de serviços, fazendo uma série de modificações. Hoje a gente não pode perder o ‘norte’ das cidades inteligentes. Hoje das 100 cidades mais inteligentes do Brasil, 37 estão no Estado de São Paulo. Você tem uma perspectiva que dos mais de 200 milhões de habitantes que nós temos no Brasil, mais de 20% estão nas áreas urbanas. Você vê que tem um grande contingente de pessoas que precisa desses meios digitais”, ressaltou.
O diretor do CREA-SP também explicou que uma cidade inteligente é a que tem eficiência em todos os sistemas da cidade. É um grande trabalho de Engenharia deixar as cidade eficientes gastando menos. “Um exemplo de cidade inteligente é quando você faz uma pesquisa de linha de ônibus e questiona se uma linha precisa passar pelo centro da cidade ao invés de passar por outro local. As cidades inteligentes têm esse papel de colocar medidas para que a cidade seja mais agradável e eficiente para a população”, comentou.
Sobre a tecnologia 5G de internet que está sendo implantada no Brasil, ele contou que há algumas cidades em fase de teste com a nova tecnologia. “Ele entrou em uma esteira mais assertiva de implantação, a gente já tem algumas cidades de alguma regiões em fase de teste. Então eu imagino que vamos avançar muito em 2022 e é disso que a gente precisa. O 5G não vai ser importante apenas para as cidades inteligentes, mas também para que o Brasil e o produto brasileiro não fique atrás em questão ao restante do mundo. Os outros países estão com o 5G implementado e a gente corre o risco de ficar atrás no mercado. O 5G é uma necessidade”, afirmou.
Quer saber mais sobre o trabalho do CREA-SP? Acompanhe a entrevista completa.