Segundo o médico ginecologista do Hospital e Maternidade Mogi-Mater, Dr. Ruy Machado Jr, o que as pacientes não costumam saber é que a endometriose traz dores progressivas nas cólicas e nas relações sexuais
SAÚDE: Estima-se que de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva tenham endometriose, a doença que acometeu a cantora Anitta. Sem diagnóstico, a artista revelou nas redes sociais conviver com dores intensas ao longo de 9 anos, período em que procurou tratamentos e realizou diversos exames. Dores intensas, principalmente no período menstrual, infertilidade e desconforto na relação sexual são os principais sinais da condição. A boa notícia é que a maior parte dos casos pode ser tratada sem cirurgia, com a administração de hormônios e analgésicos que resultam na melhora de 70% das pacientes. A cirurgia fica reservada a quadros mais graves, quando a dor persiste. Para explicar o que é a endometriose e como preveni-la, o Radar Noticioso recebeu o médico ginecologista do Hospital e Maternidade Mogi-Mater, Dr. Ruy Machado Jr, que esclareceu quando o tratamento cirúrgico é indicado. Ele respondeu as principais dúvidas dos ouvintes e internautas sobre a saúde íntima feminina.
“Outras famosas antes da Anitta já tiveram a doença, mas não com esse impacto. Ela fez um tweet em uma madrugada, levantou a bola da endometriose e o nosso objetivo não é dizer quais os tratamentos ela deveria ter feito ou não. O importante foi que ela levantou a bandeira da endometriose e muitas pacientes estão começando a ficar atentas aos sintomas que muitas vezes passavam batido. Estamos procurando fazer um diagnóstico mais precoce que o da Anitta e esse é o objetivo. Quanto mais cedo a gente fizer o diagnóstico, mais chances a gente tem de ajudar essa pessoa”, enfatizou.
A endometriose é uma condição inflamatória causada pelo crescimento anormal de células do endométrio fora do útero, em locais como os intestinos, ovários, trompas de falópio ou bexiga. Em casos mais graves, como a endometriose profunda, parte do sangue pode refluir através das tubas uterinas durante a menstruação e se deposita em outros órgãos. “Uma em cada 10 mulheres sofre com endometriose no Brasil, então com certeza a gente conhece uma mulher que tem endometriose e nem sabe”, frisou.
A endometriose pode provocar sintomas como cólica intensa, menstruação abundante e cansaço excessivo, que pioram durante a fase menstrual do ciclo. “ O problema é que a endometriose não tem sintomas específicos, é uma somatória de queixas da paciente. O que as pessoas não costumam saber é que a endometriose tem uma dor progressiva, por isso aquelas pacientes que chegam e falam que tem dor forte desde a primeira menstruação dificilmente terá endometriose. Aquelas que chegam e falam que a dor na relação sexual e as cólicas vem aumentando que acende um alerta”, destacou.
O Dr. Ruy Machado Jr. atende no Ambulatório do Hospital e Maternidade Mogi-Mater que fica localizado na Rua Dr. Corrêa, nº 318, no Centro de Mogi das Cruzes e na BM Clínica Médica e Estética que fica localizada na Rua Santana, nº 187, também no Centro de Mogi. Para entrar em contato com o especialista ligue no telefone: (11) 4727-7261.
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