Há um ano das eleições, o país alcança o marco de 44 anos desde a redemocratização com novas mudanças
A contar de sábado, dia 2 de outubro, falta um ano para que milhões de eleitoras e eleitores brasileiros compareçam às urnas eletrônicas para votar no primeiro turno das Eleições Gerais de 2022, que ocorrerá no primeiro domingo de outubro. O eleitorado apto a votar elegerá presidente e vice-presidente da República, 27 governadores e vice-governadores de Estado e do Distrito Federal, 27 senadores e 513 deputados federais, bem como deputados estaduais e distritais. O segundo turno do pleito do ano que vem está marcado para o dia 30 de outubro. Responsável pela organização e realização das Eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem trabalhando desde o final de 2020 para garantir o sucesso do pleito do ano que vem. Alguns eventos importantes ocorrerão já a partir deste mês de outubro. Hoje (4/10), a partir das 14h, será inaugurado o Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2022, que contará com a abertura dos códigos-fontes dos sistemas. O evento, que acontece pela primeira vez a um ano do pleito, integra as etapas do processo eleitoral e acontece na véspera do 33º aniversário da Constituição Federal. Acompanhe a análise do cientista político, Samuel Oliveira, que destacou as expectativas para as Eleições 2022.
Segundo ele, a grande mudança no cenário eleitoral de 2022 está relacionado a uma ‘mini reforma eleitoral’. “Vale lembrar que para o eleitor a compreensão desse fato é de um jeito, do lado da ciência política, a gente não vê isso com bons olhos, não existe uma eleição com a mesma regra anterior desde 1978, ou seja, o eleitor não tem um sistema que ele conhece tão bem as regras, desde a redemocratização do Brasil”, criticou.
Para Samuel Oliveira, as mudanças constantes causam desorientação na hora da votação. Por exemplo, votos em mulheres e pessoas negras vão contar como peso 2 no Fundo Partidário. “Isso vai servir para mulheres realmente disputarem os votos, não aquelas candidaturas laranjas. Isso vai estimular a candidatura de homens e mulheres negras e quanto mais votos essas pessoas tiverem, mais fundo partidário o partido vai receber”, explicou. Desta forma o protagonismo de mulheres e negros(as) incentivam a contribuição de outros perfis à frente dos partidos políticos. “Para estimular a diversidade”, completou.
A partir do ano que vem, plebiscitos municipais estão previstos para ocorrerem, e o cientista político explicou que os plebiscitos servem para garantir a colaboração e participação direta da população em assuntos referentes à municipalidade e a execução de novas leis. “É muito comum em democracias mais sólidas”, apontou. Desta forma, quando o eleitor for votar para presidente, deputado estadual e federal, governador e senador pode ter algumas perguntas de como que se deve organizar a política no município. “A Câmara de Vereadores pode solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alguma pergunta em específico como ‘você concorda que a taxa do lixo deva aumentar para o próximo ano?’, por exemplo”, destacou.
Sobre a disposição dos partidos, Samuel Oliveira também comentou sobre os nomes que devem ser lançados, inclusive sobre uma pesquisa recente do Datafolha que aponta que Geraldi Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT) aparecem à frente na disputa pelo Governo de São Paulo. Quer saber qual é a opinião do especialista acerca dessa expectativa dos resultados? Acompanhe a entrevista completa.