Secretário de Educação da Prefeitura de Mogi, André Stábile, faz um balanço sobre o trabalho em 2021 e garante que a cidade está estruturada para a volta às aulas
EDUCAÇÃO: O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou reajuste do piso salarial para professores de todo o país em 33,24%. Com isso, o piso passa de R$ 2.886 para R$ 3.845. A expectativa da Casa Civil, Ministério da Economia e Ministério da Educação era de um aumento de apenas 7,5%. O reajuste causou espanto, principalmente, entre os prefeitos que alertam para uma “bomba” nos cofres municipais e acusam Bolsonaro de agir pensando na disputa presidencial. Acompanhe a entrevista especial com o secretário de Educação da Prefeitura de Mogi das Cruzes, André Stábile, que fez uma análise do impacto da decisão Federal. Ele explicou como estão os preparativos para o retorno às aulas na cidade no próximo dia 4 de fevereiro, quais os investimentos e projetos previstos para 2022.
O secretário ressaltou que a cidade definiu o retorno às aulas das escolas municipais na semana que vem, mas as aulas as aulas em período integral só no dia 7 de março. Com quase 1 mês de diferença no calendário letivo, as escolas em período integral têm falta de profissionais e a Prefeitura reservou uma nova data visando a contratação de equipes completas para as unidades darem celeridade ao acolhimento infantil.
Quanto ao balanço do primeiro ano do Governo Caio Cunha (PODE), em meio à pandemia, André Stábile afirmou que, “colocaram a Educação no centro dos projetos do município” com o objetivo de investir para obter dentro de alguns anos o melhor sistema de Educação Pública do país. Para isso foi feito o “melhor ou um dos melhores planos de carreiras para os professores aqui em Mogi. Isso não necessariamente implica em salários, mas uma progressão para que o professor que entra na rede possa se tornar diretor de uma escola, possa assumir a liderança pedagógica e se tornar para nossas mais de 211 escolas um supervisor de ensino”.
Em relação ao aumento das despesas aos cofres públicos municipais, devido ao reajuste de 33% dos salários de professores, o secretário alegou que, “a Prefeitura não tem perspectiva de dificuldades para pagar. Nós tivemos até um saldo positivo, chamado Fundeb 70, quase 2.500 pessoas receberam abono salarial de 100%”, esclareceu.
Segundo ele, atualmente Mogi mantém salários variados com 13 modalidades diferentes de carreiras com pisos estabelecidos por carga horária. “Depende da carreira, os salários foram feitos de maneira não-linear”. Ele disse que agira é o momento de “estudar dentro dos Recursos Humanos (RH) da Prefeitura para desenhar uma padronização. A gente tá pretendendo adotar outros modelos mais bem sucedidos”.
A expectativa é de que dentro de 10 anos Mogi apresente planos de aulas mais sólidos, o que André Stábile também justificou: “editais e concursos manterão professores trabalhando 8 horas diárias, por 5 dias da semana”, situação mais confortável para inúmeros profissionais que, não podendo se garantir com o baixo salário, se dividem em grades horárias entre a rede pública e privada, se deslocando entre unidades de ensino. O secretário justificou que essa é uma das prioridades futuras: “cria um círculo de aprendizagem melhor, ter a professora sempre em contato com essa criança, fortalece o vínculo”, disse. Neste plano de uma década, ele garante reserva de salário “merecido” à categoria, “em alguns anos, a cidade vai ser a melhor ou uma das melhores que tem para quem trabalha na Educação”.
Acompanhe a entrevista completa e saiba como a Prefeitura mantém estudo semanal sobre os efeitos da pandemia na Educação.