De longa data, algumas IES no Brasil já despontam na implantação e operação de novas metodologias ativas de ensino associadas fortemente a tecnologia, convergindo seus ensinamentos para além da formação crítica e cidadã que o meio universitário exige, formando seus alunos sob o fulcro da resolução de problemas, de forma integrada e colaborativa, entre os agentes envolvidos e as articulações curriculares.
No exterior atividades como: hibridização; a adoção de metodologias inovadoras combinadas com a oferta de um currículo desafiador e estimulante; o compromisso com a excelência; o reconhecimento de habilidades individuais, necessidades e metas, para obter sucesso na aprendizagem; a oferta de ambiente acolhedor e a tecnologia aplicada transversalmente e não de modo segmentado, já são aplicadas a tempo, com grandes resultados, tornando os ambientes de aprendizagem eficazes com a obtenção de alta performance, transformando todo o meio e cultura acadêmica.
Percebam que a hibridização, tendência do ensino superior já algum tempo, não pode ser vista como a única ação prática para a implantação de metodologias ativas, pois há outras questões no cerne do mundo acadêmico.
A análise da estrutura e a cultura das escolas eficazes, foi o foco da pesquisa de Anna Shine, na Harvard University, a partir de seus estudos e sua experiência em programas de ensino, como o implantado no Massachusetts General Hospital, transformou a teoria em prática ao criar a escola The New England School of English (NESE) em Boston, MA. Pautando suas ações no comprometimento com a excelência em sala de aula; na crença da capacidade de cada estudante; no reconhecimento de que as necessidades e metas específicas de cada aluno são fundamentais para o seu sucesso; o que resultou em um projeto de excelência com reconhecimento internacional.
Por aqui, escolas tardiamente, vem tentando implantar tais práticas, no intuito de melhorar as Habilidade e Competências que o mercado exige. Mas, para que a transformação realmente ocorra de forma efetiva é preciso que as instituições invistam no trinômio: metodologia, tecnologia e capital humano.
Diante desta afirmação pode ser que você nos pergunte: a empresa é de educação ou tecnologia? A resposta: os dois!
As instituições precisam ser digitais e não digitalizadas, o que se ilustra na afirmação de Tiago Mattos da Aerolito, em “Food Literacy”: Quem não pensa sobre o futuro cria o presente com ferramentas do passado!
Todavia, as IES devem entender que para além de escolherem novas práxis, deve haver competência e preparo, tanto do corpo gestor, como do corpo docente, para que de fato haja uma implantação real e satisfatória, para que esta nova passagem não se torne apenas retórica de um projeto não exequível.
E qual o caminho para de fato conseguir amplamente implantar as metodologias ativas?
Bem, ele passa por uma adequação e modernização de ferramentas de tecnologias para o uso da comunidade acadêmica, mas para além, há de se fazer um plano estratégico de sensibilização, capacitação e desenvolvimento para tais ações envolvendo todos os agentes da rede.
A abertura para a inovação e desenvolvimento pessoal no que podemos chamar de alta performance, exige encarar a vulnerabilidade; desafiar a confiança; aprender a crescer de modo colaborativo, com entregas positivas e feedbacks honestos e produtivos. O que muitas vezes requer um olhar do outro, ou seja, uma visão de alguém externo para colaborar com o processo e sensificar todos seus agentes, que muitas vezes estão viciados em rotinas que utilizam a tempos.