Quem analisa o atual cenário da Covid-19 no país é o biomédico e especialista em Gestão de Sistemas de Saúde, Téo Cusatis.
Após duas semanas decaindo, a média móvel de mortes pela Covid-19 volta a registrar alta no Brasil, ultrapassado a marca de 250 vítimas fatais, um aumento percentual de 25% em 14 dias. Ontem o país registrou 264 mortes nas últimas 24 horas, com o total de óbitos chegando a 610.080 desde o início da pandemia. E um levantamento realizado em São Paulo aponta que oito em cada dez pessoas, tinham anticorpos de Covid na capital. Atingindo um ritmo acelerado de imunização com 81,8% da população com mais de 18 anos, apresentando anticorpos até setembro. Quem explica o estudo e o que as estatísticas representam é o biomédico e especialista em Gestão de Sistemas de Saúde, Téo Cusatis.
Segundo o especialista, esse momento da pandemia tem que ter um monitoramento muito ‘próximo’, pois os aeroportos estão abrindo novamente para viagens nacionais e internacionais e que com essa abertura podem ocorrer transmissões intercontinentais. “Transmissão intercontinental pode voltar a acontecer, mas obviamente estão fazendo exames para entrar e sair do Brasil. Isso requer uma atenção especial com o final do ano chegando. Vale uma atenção especial porque já tivemos alguns picos, Natal de 2020 lembra o que aconteceu em março de 2021. Foi uma crise do sistema de saúde brasileiro”, destacou.
Em relação ao estudo realizado na cidade de São Paulo que informou que 8 em cada 10 paulistanos tinham anticorpos contra a Covid-19 em setembro, o Téo Cusatis comentou que há estudos controversos da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) que afirma que não adianta fazer exame depois da vacina para ver os anticorpos neutralizantes, pois isso não significa proteção total contra o vírus. “A gente tem outros mecanismos de defesa que não esses que tem que se medir, então tem que ponderar também essa informação porque quando todo mundo sai fazendo exame e toma a vacina, já há uma recomendação de que não adianta dizer que tem corpos neutralizantes, não protege 100% dos casos. Protege muito, quando você tem no sangue um percentual alto de neutralizantes contra a Covid-19 primeiro tem a questão da cepa, qual é a cepa que você desenvolveu anticorpos neutralizantes? A gente não tem essa informação nesse exame de sangue”, explicou.
O especialista em Gestão de Sistemas de Saúde também analisou o impasse entre a Prefeitura de Mogi das Cruzes e a Santa Casa de Misericórdia. Quer saber mais? Acompanhe a entrevista completa.